Combate à inflação divide economistas
O que parece ser uma discussão acadêmica ganha mais importância com a persistência das taxas. (Estado)

Com IA, ações da área de tecnologia têm maior alta em 40 anos nos EUA. No 1.º semestre deste ano, a Nasdaq, bolsa que concentra papéis das empresas do setor, acumulou ganhos de 32%. (Estado)

Em 12 meses, combustíveis têm queda superior a 18%
Os preços de todos os combustíveis pesquisados pela Velo e, empresa de mobilidade e gestão de frota, caíram em 12 meses até junho no País. Os cortes foram de 29,9% no óleo diesel comum. O estoque da Petrobrás para a política de preços, estão sendo queimadas, as previsões do controle é incerto e demandará o comportamento do mercado externo. (Estado)

IFood bancará R$ 6 mi em pesquisas sobre trabalho
TAC encerra inquéritos sobre campanha de desmobilização de entregadores. O aplicativo iFood vai financiar R$ 6 milhões em pesquisas sobre relações de trabalho com entregadores, mercado publicitário, marketing digital e responsabilidade social. (Folha)

Maioria dos jovens tem cáries, e adultos precisam de prótese dentária SAÚDE PÚBLICA
Dados são de pesquisa nacional; Lula sancionou lei que torna obrigatório tratamento no SUS. A saúde bucal dos brasileiros melhorou na última década, mas a maioria das crianças e adolescentes tem dentes cariados, e grande parte dos adultos e os idosos precisa de prótese dentário. (Folha)

Mais de 61 mil pessoas morreram de calor na Europa no ano de 2022, diz estudo de Barcelona. Uma pesquisa publicada na revista Nature Medicine nesta segunda-feira (10) estima que mais de 61 mil pessoas tenham morrido de calor na Europa no verão de 2022 —o mais quente já registrado na história. (Folha)

O ESTADO DE S.PAULO

  • Governo cede e fará texto para alterar regra do saneamento
  • Inflação na meta este ano entra no radar do mercado
  • Senado avalia proposta para ‘fatiar’ PEC da reforma tributária
  • Setor exportador critica emenda que pode criar novo tributo estadual
  • Por mais receita, Haddad quer mudar logo tributação do IR
  • Inteligência artifiical leva Bolsa dos EUA a alta recorde de 32%
  • Combate à inflação divide economistas
  • Fintech tem US$ 20 mi roubados após falha
  • Grandes do saneamento estão de olho
  • Valor do microcrédito passa do nível anterior à pandemia
  • A Otan põe os dois pés no século 21 – “irá cair numa diplomacia manca”
  • O descaso que mata
  • Agora é Lei “só é político”: mesma função, salário igual, “é questão cultural”
  • “Lei de uso político que já existia”, promete punições e demanda transparência

O GLOBO

  • A mais alta e a mais fria: O que nova estação meteorológica pode revelar sobre o clima
  • Petrobras avalia elevar participação na Braskem
  • Carf: nova renegociação pode render R$ 34 bilhões
  • Marco do Saneamento: projeto pode manter estatais no serviço
  • Senado cogita ‘fatiamento’ da Reforma Tributária
  • ‘Esse tributo vai virar custo’
  • Mecanismo para vencer crise fiscal
  • Reforma abre brecha para tributo extra em até 17 estados
  • Desabamento de prédio em Pernambuco era tragédia anunciada
  • Senado precisa fazer correções na reforma tributária
  • Ingresso da Ucrânia seria ‘perigo absoluto’, diz Rússia
  • Sinal verde turco: Erdogan dá meia-volta, levanta veto e abre caminho para Suécia na Otan

FOLHA DE S.PAULO

  • Agro eleva PIB, renda e população, e desigualdade cai onde setor avança mais
  • Série “O Poder do Agro”, mostra força do agronegócio na economia
  • Terra de pioneiros, MT vive boom e importa trabalhadores de várias estados
  • Agronegócio eleva em 55% importações da Venezuela no 1º semestre de Lula
  • IFood bancará R$ 6 mi em pesquisas sobre trabalho
  • Com 10 bi de downloads em2023, Brasil é o 4º país que mais baixa apps
  • Maioria dos jovens tem cáries, e adultos precisam de prótese dentária SAÚDE PÚBLICA
  • Mais de 61 mil morreram de calor na Europa no ano de 2022, diz estudo de Barcelona
  • Governo deve tirar brecha que dispensa licitação no saneamento
  • Otan anuncia acordo com a Turquia para adesão da Suécia

VALOR ECONÔMICO

Ingresso da Ucrânia seria ‘perigo absoluto’, diz Rússia
Sinal verde turco: Erdogan dá meia-volta, levanta veto e abre caminho para Suécia na Otan

Censo eleva PIB per capita, mas tem lado negativo
Apuração de uma população menor que a estimada é um dado positivo para o PIB per capita, mas o crescimento mais baixo reduziu a oferta de mão de obra antes que o país tivesse a possibilidade de aumentar seu grau de desenvolvimento

Situação preocupa e faremos ‘o possível’ pela Avibras, diz Alckmin
Companhia em recuperação judicial tem ‘alta tecnologia’, ‘inteligência muito grande’ e engenharia ‘de boa qualidade’, afirma presidente

Mauro Cid é autorizado a ficar em silêncio durante depoimento à CPMI
Comparecimento de ex-ajudante de ordens de Bolsonaro à comissão é dos mais aguardados por governistas por potencial de comprometer ex-presidente. Exemplo de lealdade dos amigos de verdade, em oposição aos delatores da ‘Vaza-Jato’ do bandido. Amigos são leais, bandido não tem amigos, tem cúmplices. Perseguições política ativa expõem a ditadura tamanho GG, vestida de democracia tamanho P

China à beira da deflação acentua fraqueza econômica
Os preços ao consumidor ficaram estáveis em termos anuais em junho, enquanto os preços ao produtor caíram 5,4%

Copel avança no processo de privatização, apesar de ruído com BNDES
Assembleia aprovou aumento do capital social, golden share, limitou o poder de voto a no máximo 10% e excluiu os dispositivos da lei das estatais

Estímulo dos EUA a biocombustível abre mercado para o Brasil
Brasileiros podem despontar como fornecedores de matéria-prima à indústria do país ou se beneficiar de preços melhores, diz Itaú BBA

Parte da história do agro a bordo de um trator
Veículo que está há três gerações na família é hoje utilizado para puxar o avião agrícola dos Machiavelli

Jornal Independente
GAZETA DO POVO

  • Em assembleia, acionistas da Copel aprovam alteração no Estatuto Social da Companhia
  • Reforma tributária não garante menos disputas judiciais, afirmam especialistas
  • Suécia, Ucrânia, mais gastos militares: os pontos mais importantes da cúpula da OTAN, que começa nesta terça
  • Quem são os parlamentares da oposição que brilharam nos seis primeiros meses da legislatura
  • Lula deve assinar MP que recria bônus de produtividade do INSS nesta semana, diz Lupi
  • STF se equivoca quando assume “poder político” – Mas atua no uso do espantalho no poder
  • Governo quer reinserir “emenda Lula” na reforma tributária no Senado
  • STF foi muito além do “ativismo técnico” citado por Barroso, dizem juristas
  • Juiz concede liberdade provisória a hacker da “vaza jato”
  • Na esquerda, Fome atinge um terço dos colombianos, aponta novo relatório
  • Ditadura tamanho GG, veste ‘democracia’ tamanho P, e fica exposto

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O Estado de S. Paulo.11 Jul 2023

Combate à inflação divide economistas

O que parece ser uma discussão acadêmica ganha mais importância com a persistência das taxas.

Desde que a inflação subiu, economistas discutem sobre de onde ela veio e o que deve ser feito para reduzi-la. Como os bancos centrais aumentaram as taxas de juros e a inflação nominal está caindo, esse debate pode parecer cada vez mais acadêmico. Na verdade, porém, é cada vez mais importante. A inflação cai principalmente porque os preços da energia foram reduzidos. A inflação subjacente, ou “núcleo” (aquela que descarta os choques temporários), é mais teimosa. A história sugere que mesmo uma pequena inflação subjacente resistente é difícil de derrubar.

Assim, os chefes dos bancos centrais mais importantes do mundo agora estão alertando que seu trabalho está longe de terminar. “Para reduzir a inflação para 2% há um longo caminho a percorrer”, disse Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), em 29 de junho. “Não podemos vacilar e não podemos declarar vitória”, disse Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu, em uma reunião de especialistas em Portugal apenas dois dias antes. Andrew Bailey, presidente do Banco da Inglaterra, disse recentemente que as taxas de juros provavelmente permanecerão mais altas do que os mercados esperam.

Isso significa que não haverá trégua na guerra dos economistas. A primeira frente é em parte ideológica e diz respeito a quem deve assumir a responsabilidade pelo aumento dos preços. Uma teoria não convencional, mas popular, sugere que as empresas gananciosas são as culpadas. Essa ideia surgiu pela primeira vez nos Estados Unidos, em meados de 2021, quando as margens de lucro para empresas não financeiras eram extraordinariamente altas e a inflação estava decolando.

Agora está ganhando um segundo fôlego, impulsionado pelo FMI, que recentemente descobriu que o aumento dos lucros “representa quase metade do aumento” da inflação na zona do euro nos últimos dois anos. Christine Lagarde também parece estar aceitando a tese, dizendo ao Parlamento Europeu que “certos setores se aproveitaram” da turbulência econômica e que “é importante que as autoridades da concorrência possam realmente examinar esses comportamentos”.

A ganância é uma ideia reconfortante para os esquerdistas, que sentem que a culpa pela inflação é muitas vezes atribuída aos trabalhadores. No entanto, seria estranho pensar que as empresas de repente se tornaram mais gananciosas, fazendo com que os preços acelerassem. A inflação é causada pela demanda excedendo a oferta – algo que oferece abundantes oportunidades de lucro. A tese da ganância e da inflação “confunde os sintomas da inflação com sua causa”, de acordo com Neil Shearing, da consultoria Capital Economics. Os salários tendem a acompanhar os preços, e não o contrário, porque, como observam os economistas do FMI, “os salários são mais lentos do que os preços para reagir a choques”. Essa é uma lição crucial do episódio inflacionário atual para aqueles que sempre veem o estímulo econômico como pró-trabalhador.

GEOGRAFIA. A segunda frente nas guerras da inflação diz respeito à geografia. A inflação americana foi inicialmente mais interna do que a da zona do euro. O Tio Sam gastou 26% do PIB em estímulos fiscais durante a covid-19, em comparação com 8% a 15% nas grandes economias da Europa. E a Europa enfrentou um choque energético pior do que os EUA depois que a Rússia invadiu a Ucrânia, tanto por causa de sua dependência do gás natural russo quanto pela maior parcela da renda gasta em energia. Um artigo recente de Pierre-Olivier Gourinchas, economista-chefe do FMI, e colegas atribui apenas 6% do aumento da inflação subjacente da zona do euro ao superaquecimento econômico, em comparação com 80% dos Estados Unidos.

Isso implica que a Europa pode se safar com uma política mais branda. Os autores concluem que os 3% do PIB de estímulo fiscal extra que a zona do euro lançou recentemente ao subsidiar as contas de energia não contribuiu para o superaquecimento e, ao reduzir os preços medidos da energia, pode até ter impedido que uma mentalidade inflacionária se instalasse. (Os autores advertem que as coisas poderiam ter sido diferentes se os preços da energia não tivessem caído, reduzindo o subsídio) As taxas de juros também são mais baixas na Europa. Os mercados financeiros esperam que elas atinjam um pico de cerca de 4% na zona do euro, em comparação com 5,5% nos Estados Unidos.

COINCIDÊNCIAS. Apesar de tudo isso, os problemas de inflação em ambos os lados do Atlântico parecem estar se tornando mais parecidos com o tempo. Nos dois lugares, os preços são cada vez mais impulsionados pelo preço dos serviços locais, ao invés de alimentos e energia. O padrão sugere que os aumentos de preços nas duas regiões estão sendo impulsionados por fortes gastos domésticos. Calculado em bases comparáveis, o núcleo da inflação é maior na zona do euro. Assim como o crescimento salarial. De acordo com rastreadores produzidos pelo banco Goldman Sachs, os salários estão crescendo a um ritmo anualizado de 4% a 4,5% nos Estados Unidos e quase 5,5% na zona do euro.

Estudo de Olivier Blanchard, em parceria com Ben Bernanke, estimou que levar a inflação à meta do Fed exigiria uma taxa de desemprego maior que 4,3% por “algum período de tempo”

MERCADO DE TRABALHO. Daí a importância de uma última frente: o mercado de trabalho. Mesmo que as margens de lucro caiam, os bancos centrais não podem atingir suas metas de inflação de 2% de forma sustentada sem que a demanda por produtos e a oferta de trabalhadores entrem em melhor equilíbrio. No ano passado, os economistas debateram se nos Estados Unidos isso exigia uma taxa de desemprego mais alta. Chris Waller, do Fed, disse que não: era plausível que as vagas de emprego, que eram extraordinariamente altas, pudessem cair. Olivier Blanchard, Alex Domash e Lawrence Summers foram mais pessimistas. Nos ciclos econômicos anteriores, segundo eles, as vagas diminuíram apenas quando o desemprego aumentou. Desde então, a visão de Waller se materializou em parte. As vagas caíram tanto que, segundo o Goldman, o reequilíbrio do mercado de trabalho está três quartos completo. O desemprego permanece notavelmente baixo, em 3,7%.

No entanto, o processo parece ter parado ultimamente. Blanchard e Ben Bernanke, expresidente do Fed, estimaram recentemente que, dada a relação mais recente entre vagas e desemprego, levar a inflação à meta do Fed exigiria que a taxa de desemprego excedesse 4,3% por “algum período de tempo”. Os economistas Luca Gagliardone e Mark Gertler avaliam que o desemprego pode subir para 5,5% em 2024, resultando em uma queda da inflação para 3% em um ano e depois para 2% “a um ritmo muito lento”.

Aumentos de tal tamanho no desemprego não são enormes, mas no passado costumavam ser associados a recessões. Enquanto isso, na zona do euro, as vagas não têm sido particularmente elevadas em relação ao desemprego, tornando ainda mais difícil prever o caminho para uma desinflação indolor. É esta frente das guerras de inflação que está mais equilibrada – e onde as apostas são mais altas.

Bancos centrais do mundo todo alertam que o trabalho de debelar a inflação está longe de terminar.

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