Antes ridicularizada, soneca entra na pauta


Alemanha cogita adotar a sesta. Uma década atrás, a crise financeira ameaçou a sagrada “siesta” (ou sesta) dos espanhóis. Críticos diziam que a queda da economia era decorrente do longo descanso tirado pelos trabalhadores à tarde. Com medo de ser estigmatizada, a Espanha prometeu abolir a soneca.A sesta, porém, persistiu. Agora, com as ondas de calor mais frequentes na Europa, outros países começam a enxergar as vantagens do costume – a começar pela Alemanha, onde a ética de trabalho é valorizada a ponto de virar zombaria. Os jornais alemães ridicularizavam o hábito espanhol. Neste verão, porém, autoridades e especialistas começaram a defender os seus benefícios. “Tirar uma sesta no calor não é má ideia”, afirmou o ministro da Saúde, Karl Lauterbach, que recomendou que a população seguisse o exemplo espanhol.(Estado)

‘Lítio verde’ atrai múltis para o Vale do Jequitinhonha


Região de Minas Gerais concentra 85% das jazidas conhecidas do País. Mineral extraído de forma mais sustentável é essencial nas baterias de carros elétricos. O mercado global de carros elétricos – que deve atingir vendas anuais de 40 milhões a 50 milhões de unidades em 2030, segundo projeções da indústria – transformou o Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, em um grande atrativo para multinacionais de extração de lítio, minério essencial para as baterias. Além da abundância do mineral, que já é chamado de “ouro branco” por causa da grande demanda, a região tem outro atrativo valioso aos olhos dos investidores: o de dispor de jazidas de lítio verde, produzido de forma mais sustentável do que o de fabricantes tradicionais.Esse “selo verde” foi lançado pela Sigma Lithium, que começou a operar em abril nas cidades mineiras de Araçuaí e Itinga, onde investiu R$ 3 bilhões.Atentas a essa movimentação, outras três grandes mineradoras internacionais já estão se instalando no Vale do Jequitinhonha – a americana Atlas, a australiana Latin Resources e a canadense Lithium Ionic, todas com projetos de produção sustentável, nos moldes do que faz a Sigma. Outra mineradora australiana, a Si6 Metals, adquiriu neste mês 50% da Foxfire, uma companhia brasileira que comercializa áreas de mineração e detém ativos na região do Jequitinhonha e em outros Estados. (Estado)

Jovens abandonam China em busca de estilo de vida mais tranquilo
Falta de oportunidades e excesso de pressão da família e no trabalho levam a evasão para países do sul da Ásia. (Estado)

Ação humana é responsável por nova era geológica, dizem cientistas
Sedimentos em lago e outros sítios comprovam que, há 70 anos, estamos vivendo o Antropoceno. Sedimentos depositados no Lago Crawford, um pequeno e profundo corpo de água localizado na província de Ontário, no Canadá, ofereceram provas de que a Terra entrou numa nova era geológica, o Antropoceno, induzida pela ação humana sobre o meio ambiente. De acordo com cientistas responsáveis pelo estudo, a mudança ocorreu há cerca de 70 anos. (Estado)

Uma indústria ultrapassada
Acelerar dedução tributária de gastos com equipamentos é um começo de modernização.Quase um terço (28%) das companhias opera com maquinário entre 10 e 15 anos. Em alguns segmentos específicos, como biocombustíveis, a idade média das máquinas ultrapassa duas décadas. Numa parcela ínfima (2%), dentre cerca de 2.000 pesquisadas, a atividade é desenvolvida com equipamentos modernos, com até dois anos e meio de uso.
Numa época em que o mundo discute inteligência artificial, internet das coisas e os avanços da robótica que marcam o que se convencionou chamar de “indústria 4.0”, é preocupante. (Estado)

Coalizão à brasileira piora
O presidencialismo multipartidário sempre exigiu recursos públicos em troca de voto, beneficiou grupos privados e impôs lentidão a reformas. Nos últimos tempos, exige cada vez mais e entrega cada vez menos. (Folha)

O ESTADO DE S.PAULO

  • El Niño afetará colheita e PIB do agro, diz Itaú
  • Etarismo na economia limita autonomia de idosos e os exclui do consumo
  • Rivalidade local acirra disputa por vaga no TST no PT a fila é grande
  • Vale do Jequitinhonha atrai múltis para extrair e exportar ‘lítio verde’
  • Falido e sucateado, setor petrolífero cria desastre ambiental na Venezuela
  • A transformação da agropecuária
  • Uma indústria ultrapassada

O GLOBO

  • Etarismo na economia limita autonomia de idosos e os exclui do consumo
  • ‘Data venia’: o mapa das divergências no Supremo ‘ideológico em suas partes’
  • ‘O Brasil é importante para a Meta avançar na mometização do WhatsApp’
  • A guerra e o êxodo russo
  • O que os seus filhos veem
  • Como deixar a letargia para trás
  • Urbanismo centrípeto

FOLHA DE S.PAULO

  • Fundo Clima viabiliza nova economia no país
  • BNDES vai ao Congresso para retomar crédito a exportações de serviços
  • Em clima “democrático” Lula se contradiz ao falar sobre pacificação com bolsonaristas
  • Custo da crise do clima bate à porta, e conta global pode superar R$ 800 tri
  • Mulheres avançam em cargo técnico na aviação
  • Paternidade é construção diária que se vive desde o pré-natal
  • Os riscos do ‘sharenting’
  • Goiás investe para deixar de ser líder em fila de cirurgias
  • Banalização faz marketing rosa da Barbie começar a perder força
  • Anorexia entra na mira de psicodélico
  • Exibir filhos na internet coloca em xeque direitos da criança
  • Maior fila, operação de catarata dura pouco mais de 10 minutos
  • Sobe número de angolanas grávidas que chegam em SP para dar à luz

Jornal Independente
Gazeta do Povo

  • Possível liberação pelo STF do porte de droga trará riscos para a saúde e segurança pública
  • A moralidade religiosa é o termômetro da civilização
  • Governo vai cortar despesas apenas se não conseguir aprovar novas receitas, diz secretário
  • Haddad vai apresentar quanto custa cada exceção pedida para a reforma tributária
  • Projeto que acaba com saque-aniversário do FGTS deve ser enviada ao Congresso em agosto
  • Mais de 200 mil pessoas voltam a protestar contra a reforma judicial em Israel (que esqueceu as consequências de um país dividido na sua história)
  • Conta de energia elétrica continua sem cobrança adicional em agosto
  • O desafio da formalização do emprego
  • Petrobras “falindo” aprova nova política de dividendos que pode diminuir valor pago aos acionistas
  • Com a máquina inchada do PT, Governo bloqueia R$ 1,5 bilhão de 10 ministérios; Saúde e Educação são os mais atingidos, nem segurança temos mais
  • “Invasão de terra não será tolerada no governo Tarcísio”, diz secretário da Agricultura
  • A crise moral do mundo de hoje e o fim do Império Romano, tem muito a nos ensinar

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Paternidade é construção diária que se vive desde o pré-natal

É especialista em primeira infância pelo Núcleo de Ciência pela Primeira Infância da Univ. Harvard e autor do livro infantil “Quinzinho” (Caqui, 2020). Atua como diretor adjunto do Instituto Promundo

Escrever sobre paternidade no Brasil é um desafio, uma vez que, por exemplo, uma pesquisa realizada pelo IBDFAM (Instituto Brasileiro de Direito de Família), no primeiro semestre de 2022, aponta que mais de 100 mil crianças não tiveram o nome do pai no registro de nascimento. A paternidade, na sociedade ocidental, sempre esteve ancorada à forma de ser homem e as performances de masculinidade e, historicamente, se manifesta através de práticas machistas.

Um dos pilares do machismo é o não reconhecimento do homem como cuidador, como indivíduo que desenvolve atividades e tarefas domésticas. O objetivo deste texto é promover um olhar para práticas paternais baseadas no fortalecimento de vínculo.

A gestação é o primeiro e mais importante momento to em que o homem pode se vincular ao bebê. Para isso, setores, como o sistema de saúde, precisarão contribuir para a formação deste vínculo. Tenho aqui algumas dicas para participação ativa no pré-natal:

1 – Vá a todas as consultas com a sua companheira ou a mãe do bebê;

2 – O SUS oferece o Programa de Pré-natal do Pai, que é importante para que o pai seja cuidado na gestação, assim como aprenda como cuidar ainda na gravidez e no puerpério;

3 – O sistema privado de saúde oferece muitos cursos de cuidado com o bebê durante a gestação. Participe! É importante!

4 – Converse com o bebê ainda na barriga. Ali, você começa a criar conexões com o seu filho ou a sua filha;

5 – Participar do parto é necessário! A participação neste momento, além de reduzir a possibilidade de violência obstétrica, será o primeiro toque no seu bebê, logo no nascimento;

6 – Os primeiros cuidados com a criança poderão ser feitos pelo pai, junto com a equipe de saúde.

Aqui, vai um apelo aos profissionais de saúde do Brasil inteiro: por favor, incentivem os pais para que participem de todas as etapas até o nascimento do bebê. É importante retirar a ideia de que a sala de espera do pré-natal é um espaço feminino. Ela é, também, um espaço para os homens. Incentivar que eles participem do parto é estratégico para a criação e fortalecimento de vínculo com os filhos, além da promoção de um bom trabalho de parto e dos primeiros cuidados com a criança.

Não delegar esses cuidados para a avó ou outra pessoa, mas serem executados pelo pai, é crucial para a criação de laços de cuidado e proteção.

Quando o pai participa ativamente do pré-natal, também saberá que tem um papel importante na amamentação. A não romantização dessa prática, a busca por banco de leite no território onde se vive (quando há necessidade) ajuda, também, a promover um ambiente seguro para amamentação.

Importante lembrar que os pais por adoção precisam vivenciar todo o processo de espera, preparando-se para o exercício de cuidado e proteção. Os primeiros cuidados, ainda que desenvolvidos com medos, preocupações e ansiedade, precisarão ser exercidos. Tudo é aprendizado! E nesse processo, ler, buscar ajuda e participar de grupos sobre paternidade e cuidado será o melhor caminho.

Paternidade, assim como maternidade, não se relaciona com “dom” ou “vocação”, como costuma ser dito no senso comum. É aprendizado!

Dessa forma, na primeira infância (período que corresponde de 0 a 6 anos), momentos mais importante da vida da criança (época em que o cérebro tem o seu desenvolvimento mais intenso), a relação do pai com o filho ou filha é extremamente necessária no fortalecimento dos vínculos e cuidados. Esses laços avançam para todas as etapas da vida, na segunda infância, na adolescência e na juventude.

Já na adolescência, a relação dos pais com os filhos e filhas se torna especialmente importante por ser um momento em que surgem muitas inseguranças. Estar por perto para escuta, aconselhamento e diálogo, além de criar referências para os jovens (reconhecimentos de masculinidades positivas), é crucial para os meninos e as meninas.

A paternagem, assim como a maternagem, é um lugar constante de insegurança e medos. Mas também é um lugar de alegrias e aprendizados. Não precisamos romantizar esses papéis, mas vivenciá-los! Busque redes de pais!

Folha de S.Paulo 30 Julho 2023
Por: Luciano Ramos

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