NA GREVE
Ao participar de uma manifestação contra as montadoras da indústria automobilística dos EUA, Joe Biden se tornou o primeiro presidente em exercício a fazer piquete junto a trabalhadores. Candidato à reeleição, Biden vai a Michigan e participa de movimento grevista um dia antes de visita de Trump a Detroit (Valor) e (Folha)

Reforma Tributária pode elevar tarifa de água em até 18%, alerta o setor de saneamento
O setor de saneamento alerta para risco de alta nas tarifas de água e esgoto se o texto da Reforma Tributária não for alterado no Senado. (Folha)

Queremos traficantes ou empresários?
Proibir significa entregar o mercado a quem trabalha usando armas e violência.No mês passado, o STF interrompeu o julgamento que vai decidir se porte de maconha é crime. O julgamento deve ser retomado até novembro. Por trás desse ponto, há uma questão mais ampla: qual deve ser a política do Estado sobre a produção e a venda de drogas? Parte desse debate discute os limites da interferência do Estado na vida do cidadão. Faz parte das atribuições do Estado decidir se eu posso ingerir maconha, cachaça, veneno de rato, jujuba, bananada ou pipoca? Outra parte da discussão foca nos efeitos de drogas na saúde física e mental das pessoas. (Folha)
NOTA: Mais uma das suas interferências no poder Legislativo. Agora o STF decide mais uma anomalia na sociedade, que irá gerar o caos, dado exemplos em países que aprovaram esta mesma lei, e não foi lá o seu STF quem decidiu, foram os seus Legislativos. As problemáticas sociais se ampliaram na questão de segurança e saúde pública, além da infertilidade, bem como ainda na economia, na falta de mão de obra. Não faltam exemplos já aprovados em outros países, para entender o que irá ocorrer, aqui no Brasil.

Analistas temem anomalia contábil com precatórios
Governo busca R$ 95 bi em crédito extraordinário e aval para separar juro e dívida.O recurso do governo Lula (PT) ao Supremo Tribunal Federal para derrubar o limite para precatórios instituído na gestão anterior e separar a parte principal da dívida de seus juros causou receio em economistas de “contabilidade criativa” — manobra para ocultar problemas nas contas públicas. O Executivo solicitou ainda autorização para quitar R$ 95 bilhões em precatórios represados com créditos extraordinários —o que elevaria a dívida pública. Boa parte dos economistas ouvidos elogia a disposição de quitar a dívida, mas critica a falta de dados para traçar cenários com estimativas precisas, pois historicamente juros e parte principal são tratados em conjunto. Separá-los, alertam, traz dúvida sobre a contabilização de outras despesas. Tem pano de fundo não declarado. Boa parte dos economistas reclama que não consegue fazer estimativas precisas para traçar nenhum cenário por falta de dados. Principal e juros de precatórios, historicamente, ficam consolidados. É possível separar os valores em cada processo, mas como o pagamento sempre foi único, não existem estatísticas sobre os valores em separado. (Folha)

O ESTADO DE S.PAULO

  • Braga adia apresentação de parecer da reforma
  • Falha em usinas eólicas e solares causou apagão em agosto, diz relatório
  • ‘Ninguém vai dar cavalo de pau na economia’, diz Lula
  • Puxada por combustível, prévia da inflação em setembro chega a 0,35%
  • Copom ‘fecha a porta’ para redução maior, e mercado vê Selic em 11,75%
  • Mensalidade escolar deve subir 9% na média em 2024, prevê o setor
  • Para advogada, os pais devem analisar planilhas e pode contestar valores
  • TSE exclui as Forças Armadas de fiscalização de urnas
  • PGR questiona se localização de acordo afeta nulidade de provas
  • CNJ aprova resolução para dar paridade de gênero nos tribunais

FOLHA DE S.PAULO

  • ONS aponta falha em equipamentos como causa de blecaute
  • Dados desalinhados causaram apagão, diz especialista do setor
  • Dados desalinhados causaram apagão, diz especialista do setor
  • Custo do limão sobe 32,2% e azeda inflação das frutas
  • Siderurgia cita emergência e quer taxar importações de aço em 25%
  • IPCA-15 acelera a 0,35% com alta da gasolina; preços de alimentos caem
  • Relatório é adiado para 20 de outubro
  • Reforma Tributária pode elevar tarifa de água em até 18%, alerta o setor de saneamento
  • Haddad compara conselheiros do Carf a detentos e é criticado
  • Lula se encontra pela 1ª vez com Campos Neto desde que assumiu cargo
  • Ata do BC cita desconfiança de metas fiscais para desinflação
  • Mudança permite pagamentos sem furar expectativas com arcabouço, afirma AGU
  • Analistas temem anomalia contábil com precatórios
  • CPI da Americanas encerra atividades sem apontar culpados
  • Brasil dificulta visto humanitário para afegãos em fuga
  • RS aciona duplo alerta devido a ciclone; temporal mata 1 pessoa
  • Proporção de professor por aluno cai 28% na universidade em 20 anos
  • Greve na USP ganha adesão da Poli, que não parava desde 2002
  • CNJ liberta em mutirão cerca de 22 mil pessoas que se encontravam presas de forma indevida
  • Governador da BA defende ação que matou 35

O GLOBO

  • Brasil volta a ficar entre as 50 economias mais inovadoras
  • Falha em usinas eólicas e solares causou apagão
  • BC reforça sinalização de que não vai acelerar corte da Selic
  • Krugman vê efeito limitado do Fed sobre Brasil
  • Bolsa cai 1,49%, com juros no radar de investidores
  • Haddad compara empresas que recorrem ao Carf a ‘detentos’
  • Entenda a questão das dívidas
  • Alterar classificação de precatórios ‘não é saudável’, diz Lisboa
  • Mão de obra concentrada em saúde e educação
  • Ministérios devem perder R$ 20 bi para governo elevar gasto em Saúde
  • Ação no STF pode resolver impasse dos precatórios
  • Zeina Latif: Falta um GPS na política externa

VALOR ECONÔMICO

Governo não segue alerta da área técnica do Fisco e inclui receita incerta no Orçamento
Administração federal espera obter R$ 35 bi com MP, mas Receita recomenda cautela com as estimativas

Mudar precatórios cria risco de ‘contabilidade criativa’
Possibilidade de eliminar acúmulo de despesas em 2027 é elogiada por economistas, que reprovam proposta para alterar classificação de gastos

Copom defende atuação firme para reduzir expectativas
Em documento divulgado na terça-feira (26), o colegiado reforçou a sinalização de manutenção do ritmo de corte de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros “nas próximas reuniões”

Licitação de rodovias no PR tem apenas um interessado
Considerado um dos mais atraentes entre os seis blocos do Estado, que serão estruturados e leiloados em parceria com o governo federal, Lote 2 recebeu oferta somente da EPR Participações, dizem fontes

Na greve
Ao participar de uma manifestação contra as montadoras da indústria automobilística dos EUA, Joe Biden se tornou o primeiro presidente em exercício a fazer piquete junto a trabalhadores

Búfalo alavanca a pecuária no Vale do Ribeira
Com mais de 52 mil cabeças, região trabalha para melhorar o rendimento da atividade, fonte de renda para pequenos criadores

IPCA-15 sobe abaixo do esperado, mas pressão de serviços preocupa
Prévia da inflação tem alta de 0,35% em setembro, com quarta queda seguida no preço dos alimentos e disseminação menor de aumentos

IA vai estimular mais o crescimento dos EUA do que da China, aponta estudo
A IA deverá ajudar a economia dos EUA a manter sua primazia sobre a China em termos de PIB medido às taxas de câmbio de mercado, aponta estudo da Capital Economics

Uso de combustíveis fósseis têm de cair 25%
Em novo relatório, a AIE afirmou que o uso de combustíveis fósseis terá de diminuir, sem que haja novos investimentos em projetos de combustíveis fósseis, se o mundo quiser alcançar a neturalidade em carbono até 2050

Pessimismo das empresas americanas na China atinge novo recorde
As empresas pessimistas sobre suas operações na China para os próximos cinco anos alcançaram nova alta recorde de 28% em pesquisa fechada por entidade nos últimos dias – no ano passado, eram 21%

Jornal imparcial
GAZETA DO POVO

  • Feito sob medida para Lula, PEC fura-teto acelerou gasto e aumentou dívida do governo
  • Estados terão de abrir mão de processos contra a União para receber verbas da educação
  • Escuta atenta e transparência fazem da CI&T uma das melhores empresas para se trabalhar em 2023
  • Padilha pressionado por causa dos cargos que o governo prometeu e não entregou
  • TSE exclui Forças Armadas da fiscalização das urnas eletrônicas e aumento a falta de credibilidade nos resultados eleitorais
  • Aproximação do PT com o Partido Comunista da China pode trazer riscos ao Brasil
  • Superproteger as mentiras é melhor que sub proteger a verdade, diz jurista americana
  • Apoio em xeque: envio de mais armas é questionado nos países que ajudam a Ucrânia contra a Rússia
  • PEC contra ações do STF “não mexe nas prerrogativas” da Corte e do Executivo, diz deputado
  • OAB se reúne com Moraes e pede respeito à sustentação oral; Pedido será levado ao plenário do STF
  • CPI da manipulação do futebol é encerrada sem votação do relatório final, mais um pizza
  • Justiça manda Unisa reintegrar alunos de medicina expulsos por atos obscenos
  • CPI da Americanas encerra trabalhos sem apontar culpados para rombo bilionário
  • MP de cuba pede 155 anos de prisão para envolvidos nos protestos de 2022
  • Partidos e frentes publicam nota contra “usurpação de competências” pelo STF
  • ONS aponta falha em usinas eólicas e solares no Ceará como causa do apagão
  • 3 cidades brasileiras participam de mobilização internacional contra o aborto

MATÉRIA EM FOCO

BIDEN PARTICIPA DE PIQUETE COM GREVISTAS

O povo é dorso forte para aguentar a monta de um farsante político e subir o pódio no seu domínio.

Em campanha por reeleição, presidente dos EUA visitou piquete em Michigan. O presidente discursa em frente a fábrica da GM em Michigan, em ação sem precedentes na história dos EUA; trabalhadores das três grandes montadoras do país estão parados

washington Em um movimento sem precedentes na história americana, um presidente se juntou a trabalhadores em greve. Nesta terça-feira (26), Joe Biden viajou a Michigan para participar de um piquete organizado pela United Auto Workers (UAW), sindicato que representa metalúrgicos das três grandes montadoras do país.

O americano foi recebido no aeroporto de Detroit pelo presidente do sindicato, Shawn Fain. Em seguida, encontrou trabalhadores em um piquete em frente a uma fábrica da GM no condado de Wayne.

Usando um boné e uma blusa azul com o símbolo da UAW e um megafone na mão, Biden discursou para os trabalhadores, que o aplaudiram. “Vocês merecem um aumento significativo e outros benefícios”, afirmou. Ele disse que os trabalhadores salvaram a indústria na última crise e que fizeram muitos sacrifícios.

Em seguida, ele assistiu a um discurso de Fain. “Os CEOs tomam as decisões, mas nós fazemos os produtos. Sem nossas cabeças e músculos, nenhuma roda vai girar”, disse. Ele citou outras categorias em greve, como professores e atendentes de redes de fast food, invocando a solidariedade dos trabalhadores.

“Obrigada, senhor presidente, por vir se juntar a nós. Nós sabemos que o presidente vai agir certo pela classe média. Obrigada por ser parte dessa luta”, completou.

Após o discurso do líder sindical, Biden retomou o megafone para falar: “Não foi Wall Street que construiu esse país, foi a classe média”.

A visita de Biden, que gosta de repetir ser o presidente mais pró-sindicatos que já passou pela Casa Branca, ocorre um dia antes de uma visita anunciada pelo seu provável adversário na eleição de 2024, Donald Trump.

O republicano vai fazer um discurso nesta quarta (27) em um comício —que não é patrocinado pela UAW— em vez de participar do segundo debate presidencial das primárias do seu partido.

Em 2020, o democrata venceu o republicano em Michigan por uma diferença de menos de três pontos percentuais. A UAW, uma organização historicamente à esquerda e enraizada na classe média, ainda não declarou apoio a nenhum candidato.

O apoio explícito manifestado por Biden, no entanto, também tem seus riscos. Cálculos da consultoria Anderson Group estimaram perdas de US$ 1,6 bilhão para a economia na primeira semana de greve.

O prejuízo se concentra no estado de Michigan —uma paralisação contra a GM em 2019, por exemplo, levou a uma recessão trimestral da região.

O Instituto Peterson citou a paralisação como um dos principais riscos à economia americana ao anunciar suas novas projeções nesta terça (26). Se o impacto for confirmado, uma foto do presidente em um piquete pode ser um prato cheio para a oposição.

A greve já atinge 38 centros de distribuição e 3 plantas em 20 estados. Concessionárias e consumidores ainda não foram afetados, uma vez que as montadoras têm estoques para cerca de 55 dias.

A UAW, que representa 143 mil profissionais do setor, deu início à paralisação em 15 de setembro, após o fracasso nas negociações com Ford, GM e Stellantis. É a primeira vez que trabalhadores cruzam os braços nas três montadoras ao mesmo tempo.

A discussão trata do acordo coletivo para os próximos quatro anos, período chave em que a indústria faz a transição para a produção de veículos elétricos. Segundo estimativas do setor, a mão de obra necessária é cerca de 30% menor do que na fabricação de carros movidos a combustíveis fósseis.

Assim, o sindicato tenta garantir que os trabalhadores não sejam prejudicados com a mudança. A entidade também aproveita o momento de força, resultado de um mercado de trabalho extremamente aquecido, em que empresas têm dificuldade para preencher vagas.

O presidente da UAW tomou posse no início do ano, na primeira eleição direta organizada pela entidade, fundada nos anos 1930. Ele venceu por uma diferença mínima de votos, prometendo uma postura mais dura contra as empresas para que dividam com os empregados os recentes lucros recordes registrados.

Entre as reivindicações feitas, estão, por exemplo, um aumento de 46% ao longo dos próximos quatro anos e o fim da existência de duas categorias de trabalhadores —divisão iniciada após a crise do setor em 2007, quando a UAW fez diversas concessões na negociação válida para novos trabalhadores.

As montadoras, por sua vez, argumentam que o aumento de custo com mão de obra, caso atendam as demandas do sindicato, vai disparar e prejudicar sua competitividade com outras companhias do setor, como a Tesla, cujos trabalhadores não são sindicalizados.

A migração para a produção de elétricos vem sendo promovida pela Casa Branca. No ano passado, o governo conseguiu que o Congresso aprovasse a Lei para Redução da Inflação (IRA, na sigla em inglês), que, apesar do nome, tem como objetivo impulsionar a transição para uma economia verde.

A política prevê, por exemplo, isenções fiscais para consumidores que comprarem carros elétricos fabricados nos EUA, além de vantagens tributárias para montadoras.

A aposta da Casa Branca na economia verde, incluindo grandes incentivos para empresas, colocou Biden em uma posição delicada com trabalhadores de classe média em uma agenda que é fundamental para o presidente na véspera da eleição.

Trump já vem explorando esse flanco. Em discursos, o ex-presidente tem acusado o democrata de “matar trabalhadores” com sua política econômica.

Na manhã desta terça (26), o republicano postou na rede Truth Social que “o mandato draconiano e indefensável de veículos elétricos de Joe Biden aniquilará a indústria automobilística dos EUA e custará incontáveis milhares de empregos a trabalhadores do setor automobilístico”.

“Com Biden, não importa o quanto ganhem por hora, em três anos não haverá empregos no setor automobilístico, pois todos virão da China e de outros países. Comigo, haverá empregos e salários como você nunca viu antes”, disse.

Desde a declaração de greve, Biden tem manifestado apoio aos trabalhadores. No mesmo dia em que a paralisação começou, ele fez um discurso na Casa Branca defendendo a categoria.

“As empresas fizeram algumas propostas significativas, mas eu acredito que elas podem ir além, para garantir que os lucros corporativos recordes signifiquem contratos recordes”, disse o americano.

“Não estamos envolvidos nas negociações, isso é algo para que eles [sindicato e empresas] decidam. Biden está apoiando os trabalhadores, é isso o que o presidente está fazendo”, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, nesta segunda-feira (25).

Na semana passada, Biden recebeu o presidente Lula (PT) em Nova York, onde os dois anunciaram uma iniciativa conjunta em defesa dos direitos trabalhistas no século 21 —citando, por exemplo, os potenciais impactos da transição energética.

Folha de S.Paulo 27 Setembro de 2023
Por: Fernanda Perrin

IPCA-15 ACELERA A 0,35% COM ALTA DA GASOLINA; PREÇOS DE ALIMENTOS CAEM

Pressionada pela gasolina, a inflação medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) acelerou para 0,35% em setembro, após alta de 0,28% em agosto. É o que apontam dados divulgados nesta terça-feira (26) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Apesar da aceleração, o novo resultado ficou levemente abaixo da mediana das estimativas do mercado financeiro. Analistas consultados pela agência Bloomberg projetavam avanço de 0,37% em setembro.

Com a nova taxa, o IPCA-15 alcançou 5% no acumulado do período de 12 meses. É a maior variação nesse recorte desde o último mês de março, quando o índice estava em 5,36%. A inflação acumulada era de 4,24% até agosto.

Dos 9 grupos de produtos e serviços pesquisados no IPCA-15, 6 registraram avanço de preços em setembro. A maior variação (2,02%) e o principal impacto (0,41 ponto percentual) vieram do setor de transportes.

A gasolina, que faz parte desse segmento no cálculo, subiu 5,18% em setembro. Foi o sub-item com o maior impacto individual no mês (0,25 ponto percentual). A carestia era esperada por analistas, já que a Petrobras aumentou o preço do combustível nas refinarias em meados de agosto.

Do lado das três quedas no IPCA-15, o destaque ficou com o grupo alimentação e bebidas, que recuou pela quarta vez consecutiva. A baixa foi de 0,77% em setembro. Houve contribuição de -0,16 ponto percentual no índice.

O resultado de alimentação e bebidas teve influência do recuo da alimentação no domicílio (-1,25%). Esse subgrupo também caiu pela quarta vez consecutiva.

Nele, o IBGE destacou as baixas da batata-inglesa (-10,51%), da cebola (-9,51%), do feijão-carioca (-8,13%), do leite longa vida (-3,45%), das carnes (-2,73%) e do frango em pedaços (-1,99%).

Já o arroz (2,45%) e as frutas (0,40%) subiram de preços em setembro. Nas frutas, os destaques foram o limão (32,2%) e a banana-d’água (4,36%).

No período de 12 meses, a alimentação no domicílio passou a acumular queda de 0,39% até setembro. A deflação ocorre em meio a um cenário de maior oferta de produtos. Em 2023, o Brasil vive os reflexos do crescimento da safra agrícola, cujas projeções indicam recorde.

A alimentação fora do domicílio, por sua vez, acelerou para 0,46% no mês de setembro, após alta de 0,22% registrada em agosto. Houve alta no lanche (0,74%) e na refeição (0,35%).

Apesar de o IPCA-15 ter ficado abaixo das projeções, a abertura dos números chamou atenção pela aceleração de alguns itens importantes na inflação de serviços em setembro, disse Andréa Angelo, estrategista de inflação da corretora Warren Rena.

Segundo ela, o IPCA deve ficar mais próximo de 0,40% neste mês de setembro.

Para os economistas Daniel Karp e Adriano Valladão, do banco Santander Brasil, a impressão do IPCA-15 “foi novamente favorável em termos qualitativos”, mesmo com a surpresa ascendente em serviços básicos. flete a redução da oferta sob influência de questões climáticas. Além disso, o período de entressafra do limão-taiti ocorre entre agosto e dezembro, conforme a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).

Em comunicado técnico após a divulgação do IPCA de agosto, a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) disse que a oferta da variedade taiti permanecia baixa, conforme período de entressafra.

Na ocasião, a entidade também mencionou que o escoamento da produção estava “limitado a regiões de cultivo irrigado”. “A alta nos preços é observada desde julho, com possível estabilização no último trimestre do ano.”

A inflação do limão havia sido ainda maior no IPCA-15 de agosto (37,89%).

A coleta dos preços do IPCA-15 ocorre entre a segunda metade do mês anterior e a primeira metade do mês de referência da divulgação. Neste caso, foi de 15 de agosto a 14 de setembro.

Por ser divulgado antes, o IPCA-15 sinaliza uma tendência para os preços no IPCA, cuja coleta ocorre somente ao longo do mês de referência do levantamento. O IPCA de setembro ainda não é conhecido. Será publicado pelo IBGE no dia 11 de outubro.

Na contramão do limão, no IPCA-15 as maiores quedas foram registradas por filhote de peixe (-13,29%), morango (-12,79%) e mamão (-12,69%).

Folha de S.Paulo 27 Setembro de 2023

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