Como ‘agentes de IA’ poderão substituir trabalhadores


Pesquisadores transformam chatbots em robôs que jogam e agendam reuniões.O CHATGPT foi projetado para gerar texto digital, de poesia até trabalhos acadêmicos e programas de computador. Mas, quando pesquisadores de IA (inteligência artificial) da empresa de chips Nvidia tiveram acesso à tecnologia por trás do chatbot, eles perceberam que poderiam fazer muito mais.Em poucas semanas, eles a ensinaram a jogar Minecraft. No jogo, a tecnologia aprendeu a nadar, coletar plantas, caçar porcos e construir casas.“Ela pode entrar no mundo do Minecraft, explorar por conta própria, coletar materiais por conta própria e melhorar cada vez mais em todas as habilidades”, disse Linxi Fan, pesquisador sênior da Nvidia.O projeto foi um sinal precoce de que os principais pesquisadores da área estão transformando os chatbots em um novo tipo de sistema autônomo chamado agente de IA. (Folha)

Envelhecimento reduz taxa de participação no mercado
Aumento da população a partir de 60 anos tem impacto no pós-pandemia
O envelhecimento da população brasileira explica uma parte relevante da queda da taxa de participação no mercado de trabalho após a pandemia, indica estudo da LCA Consultores. Somado aos nem nem e desalentados, formada na geração petista e sem uma formação adequada de qualidade, para o mercado produtivo, principalmente na indústria, que se deprecia tempos a tempos. (Folha)

Corrupção Sistêmica, viciosa e exposta.

Caso do hospital em Gaza é o mais duro golpe na credibilidade da imprensa que defende a esquerda mundial. (Gazeta do Povo)

O ESTADO DE S.PAULO

  • Argentina escolhe quem tentará tirar o país de crise permanente; libertário Javier Milei é favorito
  • Entrevista Haitham Al Ghais: ‘Tem de olhar a transição energética com equilíbrio’
  • Governo vai lançar ‘selo verde’ para certificar produtos para exportação
  • Com agro, Centro-Oeste deve alcançar a menor desigualdade de todo o País
  • Argentina leva sua crise às urnas
  • A nova desordem mundial causada pela esquerda
  • Ladrão de banco teria recebido metralhadoras
  • Affonso Celso Pastore: O espaço fiscal e a taxa de juros
  • J. R. Guzzo: A verdade única
  • Brasileiro apoia Israel e é cético sobre papel do País como mediador

FOLHA DE S.PAULO

  • Vício do sistema: Mudança causa polêmica entre servidores federais
  • Temerário: Aduanas perdem função em novo plano do governo
  • Receita prepara reestruturação que evita concursos e afeta contribuintes
  • Envelhecimento reduz taxa de participação no mercado e soma com geração PT Nem Nem
  • A questão: Tesouro quer status mais elevado e acesso privativo ao Planalto
  • Argentinos elegem presidente em clima de profunda incerteza
  • Brasileira ex-nora de fundador do Hamas quer ficar em Gaza
  • No controle do poder: Armas do Exército iriam para o PCC, diz secretário de Segurança
  • Cidades são suspeitas de ter alunos fantasmas por verba – Corrupção Sistêmica
  • Receita tradicional da esquerda é desafio de Lula no longo prazo
  • Muniz Sodré: Uma massa falida “inchada”

O GLOBO

  • Brasil já exporta golpes digitais e financeiros
  • Desenrola abre porta de volta ao crédito a devedores
  • Famílias têm mais R$ 176 bi para gastar este ano em consumo extra
  • Investimentos no exterior ficam mais atraentes
  • Planejamento e concessão anteciparam universalização em Jundiaí
  • Novo fôlego: Volta dos leilões em 2024 vai dobrar investimentos em saneamento no país
  • Falta de gestão prejudica metas de desenvolvimento da ONU para 2030 – Será que chega?
  • Argentinos vão às urnas em busca de saída para crise social histórica causado pela esquerda
  • Pauta anti-STF supera temas morais em ataques à Corte por quase todos os brasileiros

GAZETA DO POVO

  • Com inflação sem controle, argentino vão ás urnas escolher entre a continuidade da crise e/ou a ruptura
  • Força do mau palestino: “Podemos chegar a uma 3ª Guerra Mundial”, diz ex-soldado das Forças de Defesa de Israel
  • Senadores acusam ONG ligada à ministra Marina Silva de inflar gastos – corrupção sistêmica
  • Força do mau palestino: Presidente de sinagoga é morta a facadas nos Estados Unidos
  • “Triplo negativo”: por que o câncer de mama mais perigoso que existe mata mais no Brasil que nos EUA
  • O segredo de Santa Catarina para liderar a construção de barcos de lazer
  • Presidente da CNI diz que Banco Central “exagerou no remédio”
  • Sem combustível em ajuda humanitária, sete hospitais em Gaza seguem sem funcionar
  • Hezbollah reivindica seis ataques com misses e foguetes contra Israel
  • “O PT sempre esteve ao lado de ditadores”, diz Bolsonaro ao discursar em Belém
  • Os efeitos econômicos da guerra no Oriente Médio
  • Uma proposta de liberdade: o reencantamento
  • Pesquisa mostra o que os argentinos pensam sobre a democracia e o futuro do país
  • Cúpula da Paz sobre Gaza organizada pelo Egito termina sem declaração conjunta
  • Mosteiro de São Bento, em Fortaleza, é depredado e ossos de gato são deixados no local
  • STJ decide que ações contra a 123 milhas serão concentradas em MG
  • Eduardo Leite e Aécio Neves anunciam que não vão disputar comando do PSDB
  • 5 motivos para Lula se preocupar com a uma vitória de Milei na Argentina
  • Reservista que deixou os EUA para lutar por Israel é morto em ataque do Hezbollah
  • CPMI do 8 de Janeiro no DF não deve indiciar quem não foi ouvido, diz relator
  • No Conjunto da obra: Os nazistas, os comunistas da esquerda, e o Hamas
  • Israel intensifica planos para ofensiva terrestre na Faixa de Gaza, diz Exército
  • STF define penas de mais seis condenados por atos de 8/1 – indenizações futuras previstas
  • O crime no poder: Polícia encontra mais 9 armas que desapareceram de quartel do Exército
  • em SP
  • Lula não se elegeu por projeto além de tomar o poder, tem agenda antiga e defasada de desenvolvimento, diz governador do RS
  • Israel diz para cidadãos “deixarem imediatamente” a Jordânia e o Egito. Em outros países, cautela dos cidadãos em se expor
  • Com gastos inflados e sem retornos: “Governo deve tanto” que deixa de investir para pagar dívida, diz presidente do BC
  • Amigo de ministro de Lula vira sócio em agência que atende presidente
  • Parlamento ucraniano inicia votação para banir igreja ortodoxa vincula à Rússia
  • Engenheiros da Petrobras contestam Prates sobre consequências da guerra nos combustíveis
  • Malabarismo da mídia e intelectuais para defender o Hamas “a contradição evidente”
  • Sem reconhecer o Hamas como terrorista tal como é, Ministro do Lula, reforça pedido para cessar-fogo urgente de Israel, que tem o direito de se defender como qualquer outra nação, e critica rejeição de proposta na ONU.
  • Ministro Moreira Alves foi o guardião do Supremo Tribunal Federal
  • Decisões do STF a esquerda comunista, favorecem atraso do país
  • Rasguem suas Bíblias! Na república brasileira é proibido falar do diabo
  • Caso do hospital em Gaza é o mais duro golpe na credibilidade da imprensa da esquerda mundial
  • O STF é o responsável direto pela impunidade dos corruptos no Brasil

MATÉRIA EM FOCO

Receita quer se digitalizar e diminuir concursos

Mais digitalização, fechamento de agências e reorganização de aduanas fazem parte de plano.

Órgão federal prepara reestruturação que deve enxugar o número de agências, afetar o atendimento ao contribuinte e reduzir funções das alfândegas. Servidores dizem não ter sido consultados no plano, que seria adaptação à falta de pessoal.

A Receita prepara uma grande reorganização na sua estrutura interna que vai mexer com o atendimento aos contribuintes e a dinâmica de trabalho dos servidores. O secretário Robinson Barreirinhas e subsecretários têm feito apresentações internas sobre a proposta.

Estão em elaboração os documentos para oficializar as mudanças, como uma portaria ministerial, que altera o regimento interno, e um decreto, para mudar a estrutura.

Segundo apresentações que detalham a proposta, a que a Folha teve acesso, haveria o fechamento de agências em vários pontos do país, a criação de novos organismos para redistribuir a fiscalização de grandes, médias e pequenas empresas e muito mais digitalização, inclusive com a ampliação de sistemas de reconhecimento visual nas alfândegas, o que vai reduzir a demanda por pessoal e a necessidade de concursos.

A reorganização para um novo modelo de fiscalização é ampla.

No caso de grandes contribuintes, com receita bruta anual a partir de R$ 300 milhões, haverá uma redistribuição nacional e setorial.

Atualmente, esse grupo conta com duas unidades de Demac (Delegacia Especial de Maiores Contribuintes), uma em São Paulo e outra no Rio, que dividem o atendimento para o país.

A ideia é aumentar o número de Demacs para seis, com unidades em Manaus, Salvador, Florianópolis e mais uma especializada em São Paulo. Cada ponto atenderia um grupo de setores (veja mais no quadro).

Manaus, por exemplo, cuidaria de Zona Franca, bem como de empresas das áreas de saúde, planos de saúde, produtos hospitalares, fármacos e cosméticos, além de serviços, como água, esgoto e educação.

Empresas de calçado ficariam com a unidade da Bahia. Agricultura, pecuária e supermercado, para citar alguns exemplos, em Florianópolis, e mineração, óleo e gás, no Rio de Janeiro.

Uma Demac de São Paulo trataria de setores como automotivo, construção civil e telecomunicações, enquanto uma outra Demac seria dedicada a instituições financeiras e seguros.

Pessoas que acompanham o processo dizem que o governo busca com a setorização ficar mais próximo do contribuinte e abrir o diálogo antes que se forme o litígio, mas especialistas querem ver o funcionamento na prática.

“Essa reorganização pode resolver internamente para a Receita, mas a distribuição das Demacs está desconectada da realidade dos setores econômicos”, afirma a advogada Thais De Laurentiis, sócia do Rivitti e Dias Advogados e ex-conselheira do Carf (Conselho de Administração de Recursos Fiscais), última instância de julgamento de questões tributárias na administração federal.

As mudanças são significativas também para a fiscalização de pequenas e médias empresas.

Hoje, esse contribuinte é fiscalizado pela DRF (Delegacia da Receita Federal) da sua regional. Existem dez regionais no país. Pela proposta, a estrutura ganharia mais musculatura.

Seriam criadas dez unidades, uma para cada regional, de um órgão batizado de Defis, Delegacia de Fiscalização. Haveria também um conjunto ainda não definido de delegacias para cuidar de arrecadação e cobrança, que vai ter o nome de Derat (Delegacia de Administração Tributária).

Seriam instituídas duas Deris, delegacias especializadas em gerenciamento de risco, para fazer a seleção de contribuintes para a fiscalização. Uma tende a ficar no Rio Grande do Sul, e a outra, em Minas Gerais.

A advogada Vanessa Canadá, coordenadora do Núcleo de Pesquisas em Tributação do Insper, diz que a iniciativa vai na direção certa se houver a legítima intenção de resolver os problemas tributários criados pelo Simples, por exemplo. Uma mesma empresa pode ter inúmeros CNPJS para não crescer e perder os benefícios, mas a Receita não tem atuado nessa questão.

“Não existe uma fiscalização efetiva para pequenas e médias empresas, e espero que essa nova divisão de inteligência atue de fato no cruzamento de informações para desfazer o mundo de condomínios do Simples”, diz ela.

Canadá está tocando uma ampla pesquisa que busca justamente propor uma reorganização da Receita.

Já foi identificada a necessidade de separar a área que faz as normas das atividades como administração tributária, fiscalização e julgamento de autos de infração. O grupo avalia órgãos do gênero em vários países. O primeiro relatório deve sair em dezembro.

Aduanas perdem função em novo plano do governo

A reestruturação em curso na Receita brasileira também mexe com a fiscalização do comércio internacional.

Atualmente, 29 alfândegas contam com efetivos para atendimento presencial, executam atividades de despacho, e algumas delas fazem fiscalização regional após o despacho. Existem duas Decex (Delegacias de Comércio Exterior) que focam esse trabalho de fiscalização a posterior.

Na mudança, as alfândegas perderiam as atribuições de fazer o exame dos documentos e dos despachos e também não cuidariam da fiscalização após despacho.

Essas áreas em fronteiras, portos e aeroportos, receberiam um reforço para monitoramento digital, com câmeras e outros sistemas.

A expectativa é de queda na demanda de servidores nas aduanas.

Para reforçar a segurança, seriam criadas 11 unidades de uma nova área, a Derep (Delegacia de Repressão), uma por região, com São Paulo contando com duas. Trata-se daquelas equipes que dão batidas em veículos e estabelecimentos suspeitos de contrabando.

Em paralelo, o atendimento e o monitoramento digital de documentos seriam reforçados na Decex, cuja estrutura cresceria para sete unidades. Elas realizariam gerenciamento de risco, exame documental dos despachos aduaneiros das diversas alfândegas e as fiscalizações pós-despacho.

Duas dessas Decexs podem ser consideradas “super-regiões fiscais”. Uma condensaria o Nordeste. Em outra, Minas Gerais seria absorvida pela regional da área de Brasília, assim, as atividades da alfândega de Belo Horizonte passariam para a capital federal. Especialistas ouvidos pela

Folha afirmam que, apesar de estarem sendo criados novos órgãos, o modelo tende a reduzir a capilaridade e levar a uma maior centralização, especialmente no que se refere às aduanas. Alguns ponderam que essa organização pode elevar o risco de corrupção.

A Receita não deu entrevista ou detalhes, mas em nota confirmou que há uma reestruturação em curso para modernizar a estrutura, dar mais eficiência e melhorar o atendimento ao contribuinte.

“Os debates ainda estão em curso e os desafios são maiores num cenário de forte redução do quadro de pessoal, agravado pelo período de quase dez anos sem a realização de concurso público”, diz.

Segundo a Receita, os servidores federais estão participando das mudanças, por meio das superintendências e dos sindicatos.

Mudança causa polêmica entre servidores federais

Os servidores, no entanto, têm versão diferente da apresentada pela Receita. Contam que o processo ocorre de cima para baixo e que as mudanças buscam adequar a estrutura à falta de pessoal.

“Não somos contra uma reestruturação na Receita. A instituição precisa continuamente se adequar à dinâmica da economia e da sociedade. Mas uma mudança em um órgão dessa envergadura precisa ser pensada e criticada pelas pessoas que constroem essa instituição. Auditores fiscais com anos de expertise não participaram do processo. As chances de dar errado são muito grandes”, afirma Isac Falcão, presidente do Sindifisco Nacional (Sindicato dos Auditores da Receita Federal do Brasil).

“Esses projetos foram gestados nos governos Temer e Bolsonaro, e esse governo está recebendo sem a crítica necessária. Pela forma como o processo vem sendo conduzido, fica a sensação de que a atual gestão está seguindo aquele modelo de enxugamento proposto por Paulo Guedes, com pouca atenção às consequências.”

Pelas estimativas da categoria, o déficit de pessoal é de 57%. Cerca de 1.400 auditores e 800 analistas já podem se aposentar, e a saída deles levaria a uma queda adicional de 17% no quadro.

A própria Receita diz que há 7.132 auditores fiscais na ativa, e 12.423 postos vagos na função. No caso de analista tributário, são 5.792 trabalhando, e 10.677 vagas abertas.

Um dos desafios da reposição é a alta qualificação e o nível salarial. Um concurso foi aberto para preencher 699 vagas, com salários iniciais de até R$ 21 mil. No dia 11 de outubro, a Justiça suspendeu a seleção por divergências sobre questões da prova.

Segundo o economista Felipe Drumond, consultor da ONG República.org, especializada em serviço público, é fato que o trabalho da Receita é cada vez menos abrir caixas para inspecionar carga e mais análise de dados, mas é preciso ter cuidado.

“Existem métodos para avaliar a demanda nesse ambiente e o governo tem ferramentas técnicas para dimensionar isso”, afirma. “A Receita precisa fazer essa análise com transparência.”

Essa reorganização pode resolver internamente para a Receita, mas a distribuição das Demacs [Delegacias Especiais de Maiores Contribuintes] está desconectada da realidade dos setores econômicos

Thais de Laurentiis sócia do Rivitti e Dias Advogados e ex-conselheira do Carf (Conselho de Administração de Recursos Fiscais)

Folha de S.Paulo 22 Outubro de 2023
Por: Alexa Salomão

Como ‘agentes de IA’ poderão substituir trabalhadores

Pesquisadores transformam chatbots em robôs que jogam e agendam reuniões. O CHATGPT foi projetado para gerar texto digital, de poesia até trabalhos acadêmicos e programas de computador. Mas, quando pesquisadores de IA (inteligência artificial) da empresa de chips Nvidia tiveram acesso à tecnologia por trás do chatbot, eles perceberam que poderiam fazer muito mais.

Em poucas semanas, eles a ensinaram a jogar Minecraft. No jogo, a tecnologia aprendeu a nadar, coletar plantas, caçar porcos e construir casas.

“Ela pode entrar no mundo do Minecraft, explorar por conta própria, coletar materiais por conta própria e melhorar cada vez mais em todas as habilidades”, disse Linxi Fan, pesquisador sênior da Nvidia.

O projeto foi um sinal precoce de que os principais pesquisadores da área estão transformando os chatbots em um novo tipo de sistema autônomo chamado agente de IA.

Esses agentes podem fazer mais do que conversar. Eles podem usar aplicativo, sites e outras ferramentas online, incluindo planilhas, calendários, sites de viagens e muito mais.

Com o tempo, muitos pesquisadores dizem que os agentes de IA podem se tornar muito mais sofisticados e substituir os trabalhadores de escritório, automatizando quase qualquer trabalho do tipo.

“Esta é uma enorme oportunidade comercial, potencialmente de trilhões de dólares”, disse Jeff Clune, professor de ciência da computação da Universidade da Columbia Britânica (Canadá), que já havia trabalhado com a tecnologia como pesquisador da Openai, startup que criou o CHATGPT. “Isso tem um enorme potencial de crescimento e enormes consequências para a sociedade.”

O agente da Nvidia joga um videogame. Agentes semelhantes podem agendar reuniões, editar arquivos, analisar dados e fazer gráficos.

A ideia é que esses sistemas automatizados eventualmente atuem como assistentes pessoais capazes de lidar com uma ampla gama de tarefas.

Os agentes de hoje são limitados e não conseguem organizar sua vida. O CHATGPT pode pesquisar na internet por voos para Nova York, mas você ainda precisa fazer a reserva.

Essa tecnologia, à medida que os pesquisadores a aprimoram, pode tornar trabalhadores de escritório e consumidores mais eficientes. E pode mudar a natureza dos videogames, fornecendo nova onda de bots com os quais os gamers podem jogar e conversar.

O GPT-4, a tecnologia que sustenta o CHATGPT, é o que pesquisadores chamam de grande modelo de linguagem. Seu sistema de IA aprende habilidades analisando enormes quantidades de dados.

Nos últimos meses, a tecnologia impressionou com a maneira como gera emails, escreve discursos e improvisa sobre quase qualquer assunto. Mas sua habilidade mais importante pode ser sua capacidade de desenvolver programas de computador.

A tecnologia pode gerar um programa que desenha um unicórnio ou faz neve digital cair na tela do seu notebook.

Desenvolvedores de software profissionais podem solicitar códigos que conseguem incorporar em programas maiores, incluindo desde aplicativos de redes sociais até motores de busca.

Mas isso é só parte do que essa tecnologia pode fazer. Ela pode gerar códigos de programação que se conectam a outros aplicativos e sites.

Foi assim que Fan e outros pesquisadores ensinaram o GPT-4 a jogar Minecraft.

As pessoas usam aplicativos e sites pressionando botões, menus e outros elementos gráficos. Já os agentes de IA usam aplicativos e sites acessando suas interfaces de programação (APIS, em inglês).

Em teoria, um chatbot pode escrever código para acessar qualquer API na internet. Mas os chatbots ainda não são habilidosos o suficiente para fazer mais que tarefas simples. E mesmo que fossem, permitir que eles percorram livremente a internet seria um enorme risco de segurança. As empresas estão começando devagar.

Alguns meses após a Openai apresentar o CHATGPT, a empresa lançou discretamente uma maneira para o chatbot fazer mais do que gerar texto.

Após instalar plugins —extensões que aumentam o que ele pode fazer—, você poderia pedir para pesquisar por voos em sites de viagens, pegar um mapa da cidade no Google Earth ou transformar uma planilha com seus gastos anuais em um gráfico de barras.

Equipado com o plugin “code interpreter” [interpretador de código], o CHATGPT não só poderia escrever o programa, mas também executá-lo. Isso permitiu que a tecnologia realizasse instantaneamente tarefas que antes não conseguia, incluindo a edição de planilhas e a transformação de imagens estáticas em vídeos.

Google, Microsoft e outras empresas estão explorando tecnologias semelhantes.

Projetos independentes, como o AUTOGPT, tentam levar esse tipo de ideia ainda mais longe. A proposta é dar ao sistema metas como “criar uma empresa” ou “ganhar dinheiro”. Em seguida, ele procurará maneiras de alcançar esse objetivo fazendo perguntas a si mesmo e se conectando a outros serviços da internet.

Hoje, isso não funciona tão bem. Sistemas como AUTOGPT tendem a ficar presos em loops intermináveis. Mas pesquisadores estão aprimorando esse tipo de tecnologia.

Outros pesquisadores estão construindo um novo tipo de agente de IA projetado para usar ferramentas de software. No verão de 2022, Jeff Clune estava entre uma equipe de pesquisadores da Openai que construiu um agente que poderia usar software de computador da mesma forma que uma pessoa —clique a clique do mouse, tecla a tecla.

Clune afirmou que esse tipo de agente eventualmente permitirá que a IA use uma gama muito maior de aplicativos de software e sites. Ele disse que todos teriam acesso a um assistente digital que poderia potencialmente fazer quase qualquer coisa na internet. Isso poderia facilitar a vida, mas poderia substituir inúmeros empregos.

Folha de S.Paulo 22 Outubro de 2023
Por: Cade Metz e Karen Weise

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