Combustíveis sobem, e IPCA pode ficar acima de 5%
Petrobras reajusta gasolina e diesel, mas defasagem persiste
Gasolina sobe 16,3% e diesel 25,8% nas refinarias da estatal a partir desta quarta-feira (16), as primeiras altas em 2023. Antes do reajuste, o consenso de mercado era de uma alta de 4,84% do indicador neste ano; impacto será de 0,4 ponto percentual na inflação cheia entre agosto e setembro, segundo o presidente do BC. Combustível terá impacto de 0,4 ponto no IPCA, diz Campos. Ele disse que, para a trajetória na queda de juros “ser mais longa e estável”, é preciso endereçar a política fiscal (Valor)

O ministro (Minas e Energia) disse que houve mais de uma falha, mas não soube dizer o que houve (cabide, fantasma no serviço público petista sem conhecimento técnico). É normal essa falta de definição por tanto tempo? Para um apagão desse tamanho, não pode ter ocorrido o que chamamos de contingência simples —a saída de uma única linha… (Folha)

Blecaute suspende aulas, afeta hemocentro e paralisa metrôs
Semáforos ficam desligados; loja distribui 2.000 picolés que iriam derreter.Aulas suspensas, semáforos sem funcionar, fornecimento de água afetado e atendimento em hemocentro paralisado foram consequências de seis horas de apagão em capitais do país. (Folha)

A fala do ministro, seria falta de capacitação técnica? Uma clara demonstração de cabide de emprego petista ou banco de negociações parlamentares? Realmente, o sistema não se sustenta.

Líderes planejam tirar taxação de offshore da MP do salário mínimo
Imbróglio pode atrasar tramitação de proposta considerada essencial pela equipe econômica. Líderes da Câmara planejam tirar a taxação de empresas ou fundos offshore (fora do país) da MP (medida provisória) que trata do salário mínimo, impondo um revés ao governo Lula (PT) (Folha)

O ESTADO DE S.PAULO

  • Falta de energia atinge 25 Estados e o DF e governo diz desconhecer causa
  • Tebet diz acreditar que regra fiscal vai ser aprovada antes da LDO
  • Lira volta a criticar fala de Haddad e diz que arcabouço pode ser votado na terça
  • Prates diz que reajuste saiu em momento certo
  • Balneário Camboriú tem o metro quadrado mais caro, diz Fipe
  • Haddad mira R$ 30 bi da Petrobras para garantir ajuste fiscal em 2024
  • Restrições no Santos Dumont vão provocar ‘enormes danos’, diz Iata
  • Apagão afeta escolas, transporte e hospitais
  • Petrobras reajusta preços; BC prevê impacto na inflação
  • MPF diz que negocia delações no caso Americanas
  • Diante de Lula, presidente do Paraguai toma posse e promete atacar corrupção
  • Descontrole de preços na Argentina faz parte das lojas suspender vendas
  • Manifesto defende eleição direta para presidência da OAB nacional
  • Vida digna para os mais idosos
  • Como agem os cupins da República
  • Os cobiçados cargos das agências

O GLOBO

  • Zanin pede vista em recurso do INSS sobre ‘revisão da vida toda’
  • Americanas: ex-diretores farão delação premiada
  • Remuneração de conteúdo: votação do texto é adiada
  • Bolsa brasileira acumula onze quedas consecutivas
  • Litro pode ficar 6% mais caro na bomba, e IPCA deve fechar 2023 em 5%
  • Petrobras sobe gasolina em 16,3% e diesel em 25,8%
  • País teve escolas sem aula, engarrafamentos e metrôs parados
  • Governo usa apagão para criticar a privatização da Eletrobras
  • Maior apagão em 14 anos dura até seis horas e atinge 25 estados e o DF

FOLHA DE S.PAULO

  • Apagão atinge 25 estados e DF por até 6 horas; governo apura
  • Parcelamento sem juros no cartão é ‘muito importante’, diz Campos Neto
  • Líderes planejam tirar taxação de offshore da MP do salário mínimo
  • Reajuste afasta IPCA da meta em 2023, dizem analistas
  • Petrobras eleva preço da gasolina em 16%, e o do diesel, em 26%
  • PIB do Japão cresce 1,5% no 2º trimestre e supera expectativas
  • Ministro aponta sobrecarga no Ceará, não descarta dolo e aciona PF
  • China corta juros e para de divulgar desemprego de jovens
  • Paraguai barra foragido em posse com presença de Lula$
  • Médicos do SUS são raridade em um terço das cidades do país
  • Favorito ao TCE-SP com apoio de Kassab e Valdemar é alvo em 4 ações de improbidade
  • Piada do ano: Ministros têm que proteger imagem do STF, diz professor

VALOR ECONÔMICO

Apagão afeta 25 Estados e o DF; governo vê duas falhas no sistema elétrico
Um dos problemas foi uma sobrecarga em linha de transmissão no Ceará; ONS promete explicação em 48h. Problemas do tipo ocorreram durante o governo Dilma.

A queda de braço que levou à renúncia do CEO da Eletrobras
Não foi a competência de Wilson Ferreira Jr. ou um fato específico que motivaram a saída, mas uma sequência de pequenos desgastes ao longo do ano entre o conselho e a diretoria, dizem fontes.

Combustíveis sobem, e IPCA pode ficar acima de 5%
Petrobras reajusta gasolina e diesel, mas defasagem persiste
Gasolina sobe 16,3% e diesel 25,8% nas refinarias da estatal a partir desta quarta-feira (16), as primeiras altas em 2023. Antes do reajuste, o consenso de mercado era de uma alta de 4,84% do indicador neste ano; impacto será de 0,4 ponto percentual na inflação cheia entre agosto e setembro, segundo o presidente do BC

Com avanço de Milei, inflação deve acelerar
Em razão do impacto da desvalorização do peso, o mercado prevê uma cifra entre 8% e 10% em agosto e a projeção é que neste mês e em setembro, a inflação chegue a dois dígitos

Reajuste da Petrobras deixa inflação mais longe da meta
Instituições elevam suas projeções para o IPCA deste ano após aumento nas refinarias dos preços da gasolina e do diesel. O inevitável iria acontecer, com o furo do caixa para bancar a freada do aumento ante o mercado internacional, já era previsto por economistas. A derrocada se inicia, começa a bola de neve a ladeira abaixo

Haddad negocia acordo de R$ 30 bi com Petrobras
Proposta prevê que estatal pague parte do passivo de processos que tem no Carf.

Falta governança e capacitação estatal no setor elétrico, dizem especialistas
Para especialista em empresas privadas, características do apagão indicam uma relação com linhas de longa distância, que conectam regiões do país

Indo direto a fonte dos mandatário do país: STF é aposta para ‘desarmar’ bomba dos precatórios. Governo vê tribunal como caminho ‘menos custoso’ a ‘lobbies’ que Congresso para solucionar tema

Taxação do Haddad sobre investimentos externos cria polêmica
Proposta está em MP que perde a validade em 28 de agosto se não for votada pelas duas Casas

Inflação na Argentina se acelera em julho; dólar paralelo bate recorde
Para agosto, em razão do impacto da desvalorização do peso, mercado prevê uma inflação entre 8% e 10%

China bloqueia dados sobre emprego de jovens
O desemprego entre os jovens é delicado desde que uma pesquisa em junho mostrou que um recorde de 21,3% de potenciais trabalhadores urbanos de 16 a 24 anos não conseguiram encontrar trabalho

Estados do Sul pedem alteração no calendário da soja a ministério
Governo reduziu janela de plantio na região para mitigar riscos de contaminação pela ferrugem asiática; produtores veem risco em razão do clima. Governo diz que objetivo é controlar ferrugem. Segundo secretário, debate sobre a definição dos calendários de vazio sanitário e de plantio da soja está contaminado pela briga entre produtores de grãos e os de semente de soja

Cade aprova joint venture de tradings em transporte
Operação reúne Sartco (do grupo ADM), Amaggi, Bunge, Cargill e LDC

O ‘jabuti voador’ e os créditos sobre o ICMS
A inclusão das disposições da MP nº 1.159 na MP nº 1.147 se trata de um jabuti avançado que não só sobe em árvore para ganhar velocidade como voa para árvores de outras medidas provisórias em busca de uma melhor aceitação

Jornal Imparcial
GAZETA DO POVO

  • TCU conclui auditoria e aprova medida de Bolsonaro que elevou mistura de biodiesel ao óleo diesel
  • PF e Abin vão investigar apagão. Gasolina volta a subir. Depoimento reforça tese de omissão governista
  • Caos energético: apagão e mega-aumento dos combustíveis
  • Justiça Federal envia ao STF inquérito sobre joias recebidas por Bolsonaro
  • Anulação da condenação de Lula ‘sobre joias’, é precedente para invalidar investigação sobre Bolsonaro
  • Libertário? Anarcocapitalista? Como as ideias de Javier Milei se refletem nas suas propostas
  • Colômbia pede cooperação do Brasil (?), e EUA para investigar corrupção da Odebrecht
  • Ibovespa tem 11ª queda consecutiva com temores sobre Eletrobrás e China

MATÉRIA EM FOCO

CRISE CLIMÁTICA – SINAIS E CONSEQUÊNCIAS
Seca severa no Panamá afeta transporte marítimo global

Falta de chuvas leva a atrasos, restrições a embarcações e alta de custo. Uma estiagem grave no Panamá está provocando atrasos incomuns e restrições severas em uma das mais importantes rotas comerciais do mundo, ilustrando os desafios que a mudança climática gera para o comércio global.

Calor forte e um dos anos mais secos já registrados levaram as autoridades do Panamá, que geralmente é um dos países mais úmidos do mundo, a reduzir o número de travessias do canal e barrar a passagem de navios com cargas pesadas.

As restrições —raramente aplicadas na estação das chuvas no Panamá, que vai de maio a dezembro— levaram grandes empresas de transportes marítimos, incluindo o grupo alemão Hapag-Lloyd, a anunciar sobretaxas em rotas que dependem do canal entre o Atlântico e o Pacífico. Embora a demanda reduzida de mercadorias tenha diminuído o impacto, embarcações com cargas suficientemente leves para usar o canal enfrentam esperas que podem superar duas semanas.

“Neste momento, o Canal do Panamá é a grande incógnita no mercado dos transportes em contêineres”, comentou Peter Sand, analista-chefe da Xeneta. “As transportadoras fariam bem em considerar suas opções e administrar seus riscos, considerando que a congestão no canal é crescente.”

Mais de 3% do volume do comércio global, incluindo gás líquido dos EUA e frutas macias da América do Sul, passa pelo canal, construído há quase 110 anos e que é uma fonte essencial de renda para o Panamá, o país que tem a maior renda per capita da América Central.Até 29% dos transportes mundiais em contêineres que cruzam o Pacífico passam pelo canal, segundo a provedora de dados MDS Transmodal.

A Autoridade do Canal do Panamá (ACP) disse que as restrições, que vêm aumentando ao longo do ano, agora devem continuar em vigor em 2024, exceto se houver alterações inesperadas nas condições do tempo. O limite ao número de navios que passam pelo canal foi anunciado em julho, justamente quando as transportadores se preparavam para aumentar o comércio antes da Black Friday e do Natal nos Estados Unidos.

“Se nossos clientes de repente observarem uma demanda acima da prevista por artigos de Natal, é claro que queremos ter a possibilidade de aumentar a capacidade”, disse Lars Ostergaard Nielsen, diretor de entrega aos clientes nas Américas da Maersk. Ele comentou que isso ficou um pouco mais difícil com as restrições anunciadas.

O Canal do Panamá é a única grande rota marítima que depende de água doce. São necessários mais de 50 milhões de galões de água para a travessia de cada navio.

O funcionamento das eclusas do canal depende de reservatórios de água. Mas o primeiro semestre deste ano foi o segundo mais seco em quase um século na bacia hidrográfica do canal, segundo o Instituto Smithsonian de Pesquisas Tropicais. A seca levou o Panamá a declarar estado de emergência ambiental em maio.

A falta d’água levou a ACP a endurecer as restrições, e em maio ela determinou um limite de profundidade de 44 pés para os maiores navios, limitando a quantidade de carga que eles podem transportar. A partir do final de julho a autoridade também limitou as travessias diárias do canal em 32, sendo que a média anterior era de 36 por dia.

Na sexta-feira (11) essa limitação já provocara uma fila de 264 navios que esperavam para cruzar o canal —aumento de 16% em relação ao mesmo dia do ano passado, segundo Peter Sand analista-chefe da Xeneta a Marine Traffic, que rastreia cargas marítimas.

No caso dos navios-tanque maiores que levam gás natural liquefeito para o norte, passando pelo canal, o tempo médio de espera para atravessar passou de 8 dias em 10 de julho para 18 dias na quinta-feira (10), segundo a agência de transportes marítimos Norton Lilly.

A ACP disse na quinta-feira que, para reduzir o congestionamento de navios sem reservas prévias para cruzar o canal, está limitando o número de slots previamente reservados. Ela observou que a demanda continua alta, não obstante as restrições.

O custo médio de enviar um contêiner de 40 pés da China para a costa do Golfo dos EUA, passando pelo Canal do Panamá, a curto prazo subiu 36% desde o final de junho, para US$ 2.400, segundo a provedora de dados Xeneta.

Executivos da indústria disseram que navios-tanques que levam gás liquefeito têm chances maiores de enfrentar dificuldades, isso porque os navios de contêineres frequentemente têm acesso ao canal reservado com meses de antecedência.

Michael Adwell, executivo de logística marítima na Kuehne+Nagel, disse que a encaminhadora de fretes alertou seus clientes para a possibilidade de que contêineres transportados entre a Ásia e os Estados Unidos sejam desviados para o Canal de Suez se for preciso, se bem que especialistas digam que isso pode somar uma semana ao tempo de viagem.

A perspectiva de mais atrasos também pode afetar transportes de alimentos da costa oeste da América do Sul para a Europa. Segundo a MDS Transmodal, alimentos e bebidas compuseram 77% das mercadorias transportadas em contêineres entre essas regiões no ano passado. “Se as transportadoras marítimas tiverem que encontrar maneiras diferentes de transportar frutas e legumes, isso vai custar dinheiro”, afirmou Antonella Teodoro, consultora da MDS Transmodal. “Isso não ajuda em nada a reduzir a inflação dos preços de alimentos.”

As temperaturas globais subiram fortemente neste ano; vários países enfrentam ondas de calor extremas e inundações. O mês de julho foi o mais quente já registrado na história, segundo a agência europeia de observação da terra.

O Panamá também está sendo afetado pelo fenômeno El Niño, que ocorre a cada dois a sete anos. Ele aquece a superfície do oceano Pacífico, alterando os padrões de temperatura e chuvas, e a previsão é que exacerbe os efeitos da mudança climática.

Não é a primeira vez que o Canal do Panamá impõe restrições de profundidade. Mas o fato de as restrições estarem em vigor durante a estação das chuvas é altamente incomum, disse Steve Paton, diretor do programa de monitoramento físico do Instituto Smithsonian na Cidade do Panamá. Para ele, a previsão para a próxima estação seca é “muito, muito problemática”.

A Autoridade do Canal do Panamá, pertencente ao governo panamenho, vem trabalhando há anos para tentar resolver o problema iminente da água. Em 2020, adotou uma sobretaxa de água doce, e em 2021 contratou o Corpo de Engenheiros do Exército americano para assessorá-lo em seu programa de abastecimento de água.

Ilya Espino de Marotta, a vice-administradora do canal, disse que medidas de curto e longo prazo estão sendo tomadas para garantir o suprimento de água. As discussões para buscar soluções foram intensificadas nas últimas semanas, sendo uma das principais opções um novo reservatório na região do tio Índio. Espino de Marotta disse que esse reservatório deve mitigar os problemas até 2075.

“Estamos assistindo a um padrão que nos alerta para o fato de que precisamos entrar em ação agora com um programa significativamente mais amplo para poder evitar essas situações”, ela disse. “É uma pílula um tanto amarga para engolir agora, mas vamos definitivamente entrar em ação em breve.”

Neste momento, o Canal do Panamá é a grande incógnita no mercado dos transportes em contêineres

Folha de S.Paulo 16 Agosto de 2023
Cidade do méxico e londres | financial times

As distorções dos tributos

Impostos e regimes especiais de tributação afetam como, o que e quanto produzimos.

EX: O estranho caso das janelas desaparecidas.

Inglaterra, 1750. Estima-se que quase 20% das casas tivessem nove janelas. Menos de 10% das casas tinham sete janelas ou menos. Quinze anos depois, em 1765, 27% das casas teriam apenas sete janelas. Esse curioso sumiço de janelas é bem conhecido, e os números estão no trabalho de Wallace Oates e Robert Schwab. Nos livros de microeconomia, é um exemplo concreto do efeito de impostos nas decisões das pessoas. Antes de 1761, casas com até nove janelas eram isentas de impostos; a partir de então, as que tinham oito ou mais janelas passaram a ser tributadas. Aí, uma opção para quem tem casas com 8 ou 9 janelas é pagar o imposto. Outra é cobrir com tijolos a janela lateral do quarto de dormir para ficar dentro do limite de isenção. Essa foi uma das formas utilizadas para reduzir o número de janelas das casas inglesas no século 18.

No Brasil de hoje, janelas não são tributadas, mas regras de ilegibilidade a regimes especiais de tributação distorcem as decisões das pessoas. Empresas que se enquadram na categoria de microempreendedor individual pagam bem menos imposto. Há, porém, um teto para a receita da empresa. Muitas ficam justamente nesse limite. Por exemplo, usando dados de pequenas empresas em Sergipe, Enlinson Mattos e Marcos Nascimento mostram que há três vezes mais empresas logo abaixo do limite do que você encontraria se não houvesse essa mudança na tributação.

Esses exemplos simples ilustram as distorções causadas pelas regras de tributação.

Para cobrir suas despesas, o governo precisa tributar. Uma discussão é sobre quanto o Estado deve gastar e, consequentemente, arrecadar. Outra é sobre como deve ser a tributação.

A discussão, em geral, gira em torno dos efeitos distributivos das mudanças nas regras de tributação. De fato, subsídios, regimes especiais de tributação e mudanças em alíquotas de impostos afetam nossos bolsos diretamente.

Só que as regras de impostos não determinam apenas quem paga a conta. Impostos e regimes especiais de tributação fazem com que janelas deixem de existir, empresas produzam menos, motocicletas sejam montadas em Manaus e transportadas até São Paulo.

Impostos fazem com que perfumes e livros com custos semelhantes sejam vendidos ao consumidor a preços muito diferentes por causa do alto IPI sobre cosméticos. Como preços afetam nossas decisões de compra, impostos modificam o que consumimos e produzimos.

Por causa das regras de tributação, pessoas criam empresas para substituir a carteira de trabalho por notas fiscais. Funcionários recebem vale-refeição. Assim, muitas pessoas trabalham em empresas que emitem vouchers ou fazem contabilidade de firmas que não precisariam existir.

Essas pessoas poderiam estar empregadas na produção de outras coisas. Se assim fosse, teríamos mais para consumir e investir. O PIB seria maior.

Impostos determinam se vale a pena comprar carros híbrido e painéis solares. Assim, mesmo sem mexer nas nossas janelas, as regras tributárias afetam a qualidade do ar que respiramos.

Por causa disso tudo, questões tributárias têm dominado o noticiário econômico desde o início do ano. Os aspectos distributivos são importantes. Queremos regras justas. Mas precisamos nos lembrar que os impostos afetam como, o que e quanto produzimos —e às vezes nos levam a gastar para fechar nossas janelas.

Folha de S.Paulo de 16 Agosto de 2023
Por: Bernardo Guimarães

OMS recomenda incluir carboidratos de boa qualidade em dieta saudável

Diretrizes incluem a importância de adicionar alimentos de boa qualidade para reduzir o risco de obesidade

A Organização Mundial da Saúde (OMS) acaba de atualizar as diretrizes sobre o consumo de gorduras e carboidratos como parte de uma dieta saudável.

Segundo a entidade, as recomendações são baseadas nas últimas evidências científicas, e o objetivo é ajudar a reduzir o risco de ganho de peso e de doenças associadas à obesidade, como diabetes tipo 2 e problemas cardiovasculares.

O novo documento destaca a importância de levar em conta tanto a quantidade quanto a qualidade do que é consumido. “Em relação aos carboidratos, a nova orientação destaca a importância da inclusão de carboidratos de boa qualidade para uma boa saúde”, avalia a nutricionista Serena del Favero, do Hospital Israelita Albert Einstein.

“Além de manter a recomendação de limitar o açúcar adicionado a 10% do total de calorias diárias, o documento fala em incluir frutas e verduras, por exemplo, e estabelece a quantidade para cada faixa etária. Ou seja, enfatiza a importância de não apenas excluir o que é ruim, mas também incluir o que é bom”, explica a especialista.

O consumo total de gordura continua limitado a, no máximo, 30% da ingestão diária de calorias. Acima dos dois anos de idade, deve-se priorizar as insaturadas, presentes em fontes vegetais como azeite, abacate e nozes, entre outros.

Gorduras saturadas, encontradas principalmente em alimentos de origem animal como carnes e laticínios, devem ser limitadas a no máximo 10% do total. Já as chamadas trans, empregadas principalmente nos industrializados, não podem superar 1% das gorduras consumidas.

O documento reforça que tanto as gorduras saturadas quanto as trans podem ser substituídas por outras do tipo mais saudável, ou mesmo por carboidratos contendo fibras, como grãos integrais, frutas e vegetais.

Em relação aos carboidratos, a nova recomendação destaca a importância da qualidade dos itens consumidos e estabelece quantidades conforme a faixa etária. Acima dos dois anos de idade, deve-se priorizar grãos integrais, frutas e leguminosas como feijão, grão-de-bico e lentilha.

Segundo a nova diretriz da OMS, adultos devem consumir pelo menos 400 gramas de frutas e vegetais e 25 gramas de fibras diariamente.

“Para chegar a esses valores, a combinação é infinita”, diz a nutricionista do Einstein. Para garantir o consumo adequado, ela recomenda ler o Guia Alimentar para a População Brasileira, documento bem completo publicado pelo Ministério da Saúde.

O guia orienta a consumir diariamente seis porções do grupo que inclui cereais, tubérculos e raízes, três porções de frutas, três porções de legumes e verduras e uma porção de feijão ou outros grãos, como grão-de-bico e lentilha.

Folha de S.Paulo 16 Agosto de 2023
Por: Gabriela Cupani

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