Lula precisa ajustar contas públicas antes de criticar juros
Sem que haja aumento brutal na arrecadação federal, estabilização da inflação permanecerá ameaçada. (Folha)

Queda nas taxas de empréstimos demora a chegar ao consumidor.

A redução na taxa básica de juros terá efeito para quem busca compras a prazo, financiamento de carros e usa o rotativo do cartão de crédito. (Folha)

Varejo e concessionárias aderem ao Desenrola

A exemplo dos bancos, que já “limparam” o nome de mais de 2,5 milhões de brasileiros que deviam até R$ 100 nas duas primeiras semanas do Desenrola, lojas de segmentos não bancários decidiram antecipar as condições do programa de renegociação de dívidas do governo federal para os seus clientes. Com essa tendência, segmentos de varejo, telecomunicações, securitizadoras, educação e empresas de água, luz e gás registraram um aumento de 31% nos acordos de renegociação de dívidas nas últimas duas semanas de julho em comparação com o mesmo período do mês anterior, segundo dados divulgados pela Serasa. Até ontem, mais de 215 mil CPFs já haviam sido “limpos” pelo Magazine Luiza e Carrefour. O Magalu diz ter contemplado cerca de 150 mil pessoas com dívidas de até R$ 100 nos cartões de crédito da varejista, o cartão Luiza (voltado para o público que tem o hábito de fazer compras nas lojas físicas) e o cartão Magalu (consumidor digital). (Estado)

Bancos e governo avançam em solução para rotativo; Haddad fala em medida em 90 dias
Embora ainda não tenham chegado a um acordo, os bancos e o governo Lula (PT) estão mais próximos de uma solução para reduzir os juros cobrados no rotativo do cartão de crédito. (Folha)

O ESTADO DE S.PAULO

  • TCU abre caminho para definir concessões
  • Varejo e concessionárias aderem ao Desenrola
  • BC surpreende e corta taxa de juro em 0,5 ponto após 3 anos
  • ‘O BC se mostrou flexível com o que está acontecendo’
  • Após BC, Caixa e Banco do Brasil reduzem taxas de juros a seus clientes
  • Corte de 0,5 ponto ainda terá pouco impacto ao consumidor
  • Renda fixa se mantém como boa aposta, mas investidor terá de diversificar
  • Rolf Kuntz: Juros, otimismo do BC e pressão política

O GLOBO

  • ‘Todos iguais’, Moraes vota pela descriminalização do porte de maconha em até 60 gramas
  • Petrobras: alta do petróleo aumenta pressão sobre Prates
  • Duas novas empresas brasileiras entram na lista das 500 maiores
  • Caixa vai transferir R$ 12,6 bi ao Tesouro após erro
  • Latam diz que aguarda decisão sobre ICMS no Rio
  • TCU abre caminho para Changi permanecer na concessão do Galeão
  • Economistas reduzem projeção de juros para o ano
  • Voto de Campos Neto foi ‘técnico e calibrado’, diz Haddad sobre Selic
  • Com voto de Campos Neto, BC reduz juros em 0,5 ponto

Calor extremo virou assassino silencioso que mata milhares

Na medida em que planeta Terra esquenta, cada vez mais pessoas são expostas aos perigos das altas temperaturas. Mês mais quente já registrado na história, julho foi marcado por ondas de calor que atingiram milhões de pessoas, especialmente no hemisfério norte. (Folha)

FOLHA DE S.PAULO

  • Copel tem caminho livre para privatização após aprovação de outorga de usinas por tribunal
  • Companhias começam a ampliar voos para o Galeão
  • TCU dá aval para empresas desistirem de devolver concessões
  • Mineral aquece economia de cidade e deixa vida mais cara
  • Lula esvazia projeto que tirava poder do fisco
  • Indústria só sentirá efeito da queda no juro em 2024, afirma Fiesp
  • Corte da Selic foi decisão técnica, não concessão ao governo, diz Haddad
  • Lula precisa ajustar contas públicas antes de criticar juros
  • Governo estuda liberar compra e venda de concessão de estrada
  • Queda nas taxas de empréstimos demora a chegar ao consumidor
  • Copom corta juros para 13,25% ao ano e prevê novas reduções
  • Renda fixa sem IR fica mais atrativa, dizem analistas

VALOR ECONÔMICO

BC reduz juro em 0,5 ponto percentual, para 13,25%, e sinaliza mais cortes iguais
Em decisão dividida no Copom, taxa Selic tem a 1ª queda desde agosto de 2020, quando chegou a 2%

Divisão no Copom é menor do que parece
Houve consenso entre as diferentes alas, conservadora e moderada, na sinalização do ritmo de distensão monetária a ser adotado daqui por diante, em 0,5 ponto

Ampliado, Brics será ainda menos eficaz, diz O’Neill
Economista britânico afirmou que, com exceção de China e Índia, os demais países acumulam taxas de expansão pouco expressivas e políticas econômicas erráticas

Lei que promete facilitar vida de contribuinte é sancionada
Norma que cria Estatuto Nacional de Simplificação de Obrigações Tributárias Acessórias recebe aval de Lula, porém com vetos

Governo quer incluir Estados e municípios em plataforma digital
Ideia é ampliar uso de funcionalidades pelas administrações públicas regionais

Sanções afetam, mas não levam Rússia ao colapso econômico
Fracasso do Ocidente em abalar ainda mais a economia russa reflete o impasse que a guerra vive no campo de batalha na Ucrânia

Setor de tecnologia da China começa a sentir efeitos de restrições americanas
No primeiro semestre de 2023, as importações de semicondutores caíram 22%, em termos de valor, em comparação ao mesmo período do ano passado

Cade segue análise sobre consórcio de combustível
Suposta conduta abrange Raízen Combustíveis,Vibra Energia e Ipiranga em consórcio para participação em leilões de arrendamento das áreas portuárias

Embrapa quer mandar astronauta plantar batata na Lua
Companhia testa cultivo de hortaliças no espaço para alimentar futuros exploradores

A maturidade e o senso de urgência dos 50+
A colunista Vicky Bloch escreve sobre a importância de as organizações olharem para a parcela da população que mais cresce atualmente

Conab vai comprar leite em pó para equilibrar oferta
Objetivo do governo é ajudar o setor da pecuária leiteira nacional, que enfrenta crise com a concorrência de produtos lácteos importados do Uruguai e da Argentina

Copom inicia ciclo de baixa da Selic com corte de 0,50 ponto
Decisão dividida de reduzir juro básico a 13,25% teve placar de 5 votos a 4

Governo quer ‘dar uma solução’ para o rotativo do cartão
Segundo Haddad, estão sentados Ministério da Fazenda, BC, instituições financeiras e varejo para encontrar uma maneira de diminuir a taxa da modalidade

Mercado pode testar indicação do BC de manter ritmo de corte
Para economistas, preços dos ativos devem desafiar sinalização do Copom de que irá realizar reduções de 0,5 ponto nas próximas reuniões

Renda variável ganha espaço com Selic em queda
Títulos indexados à Selic e papéis bancários atrelados ao CDI ficam menos atrativos agora

Esqueça o ‘economês’ ou perca o cliente para o cunhado dele
Apenas 27% das pessoas recorrem a um gerente ou assessor de investimentos no momento de decidir onde aplicar; os outros 73% buscam amigos, parentes, sites e influenciadores digitais

Justiça do Trabalho tem mantido valor da PLR de demitidos da XP
Uma única decisão, da Justiça de São Paulo, foi favorável

ÚNICO Jornal imparcial
GAZETA DO POVO

  • Copom reduz Selic de 13,75% para 13,25% ao ano
  • Moraes vota por liberar porte de maconha. Deputada é alvo de operação.
  • Dino vira principalmente parceiro do STF em combate contra a direita
  • “Jabuti dos governadores” está sob fogo da indústria, mineração e agro
  • Oposição quer Dino e Lula na lista de omissos no 8/1; governo pretende limitá-la a Gonçalves Dias
  • Prefeita amiga de Lula e ativistas querem que parisienses “convivam com os ratos
  • Falta pouco para o STF liberar o porte de maconha no país
  • Mais gastança, mais impostos
  • O AI-A5 de Lula: a ditadura quer se consolidar, até quando?
  • Moraes determina multa de R$ 300 mil a Monark e cria inquérito por desobediência
  • Hacker só vale quando interessa ao sistema
  • Descriminalização de drogas pelo STF é ‘equívoco grave’, diz Pacheco
  • PT fez jantar de arrecadação para condenados no mensalão em 2013
  • FBI resgata 200 vítimas de tráfico sexual, entre elas, 59 crianças
  • TCU aprova valores de outorga de usinas hidrelétricas da Copel; privatização avança
  • Após redução da Selic, Caixa reduz taxa de juros do consignado do INSS
  • Mesmo com corte nos juros, condições de crédito para as famílias seguem apertadas

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Michael J. Sandel Ditadura do algoritmo corrói a democracia

Um dos filósofos mais populares da atualidade, Michael J. Sandel defende que só a mobilização da sociedade civil fora de governos e grandes empresas salva a democracia. Para ele, há uma “ditadura do algoritmo”, a repetição de padrões de consumo em bolhas. Sandel virá ao Brasil para o ciclo Fronteiras do Pensamento.

Filósofo estrela de Harvard avalia que Joe Biden fracassou em derrotar o populismo nos EUA e vê paralelo com Lula

Considerado o mais pop filósofo da atualidade, Michael J. Sandel defende que apenas a mobilização da sociedade civil fora de governos e grandes empresas poderá salvar a democracia, restabelecendo o princípio da discussão civilizada entre quem pensa diferente.

A “ditadura do algoritmo”, diz ele à Folha, por vídeo, “piora a polarização”. Para o pensador americano, hoje esse é o maior elemento corrosivo da democracia: a repetição de padrões de consumo em bolhas. “Perdemos a arte do discurso público porque perdemos a habilidade de ouvir palavras, princípios, convicções, opiniões”, afirma.

A crise atual alimenta o populismo em escala global, que explodiu em 2016 com a eleição de Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos e chegou ao Brasil com Jair Bolsonaro (PL). Para Sandel, o republicano está vivo na disputa pela Casa Branca em 2024 porque Joe Biden fracassou em atender às demandas da classe trabalhadora.

Esse embate é o tema do livro que o filósofo lança agora no Brasil pela editora Civilização Brasileira, na realidade a revisão de seu clássico “O Descontentamento da Democracia”, de 1996. Ele, que é autor do celebrado curso “Justiça”, da Universidade Harvard —na qual leciona—, virá ao Brasil para participar do ciclo Fronteiras do Pensamento em São Paulo, no dia 7, e em Porto Alegre, no dia 9.

O populismo é um fenômeno global, e o sr. diz que o descontentamento que o gerou está vivo, como Trump e Bolsonaro provam. Onde seus sucessores falharam? De fato, há similaridades. Trump foi derrotado nos EUA não por uma face nova de uma geração emergente, oferecendo uma visão nova e diferente, mas por um político da velha geração, Joe Biden. Parece haver um paralelo com Lula. Trump foi derrotado, mas não foi descartado pelo eleitorado, teve 74 milhões de votos.

Temos o Estado forte e as big tech. Essas duas forças, se não desafiadas, não podem sustentar uma democracia saudável. Precisamos de um terceiro ingrediente, um contrapeso, que é uma sociedade civil robusta

No Brasil foi o mesmo, quase meio a meio. Isso mostra o eleitorado polarizado. Nos EUA, os democratas eram tradicionalmente os representantes dos trabalhadores contra as elites. Agora, [o partido] é identificado com as classes mais bem educadas. Porque nos últimos 30, 40 anos, os democratas abraçaram a fé no mercado, uma versão neoliberal da globalização.

Também fizeram muito pouco para tratar da desigualdade, da dignidade e do reconhecimento social dos trabalhadores. Acabaram assim elegendo Trump, com um senso de ressentimento. Esse sentimento não foi resolvido, apesar de Biden ter vencido em 2020. Ele o fez porque atraiu de volta eleitores da classe média. Mas nem Biden nem o Partido Democrata restabeleceram a credibilidade diante dos trabalhadores.

O curioso é que a direita parece ter sido mais eficaz, no discurso, em reagir aos desafios
da desigualdade. É um paradoxo. Ocorreu nos EUA e no Reino Unido. A maioria dos britânicos votou pelo brexit. Vimos o mesmo com os sociais-democratas de França e Alemanha. Eles só tinham a oferecer a mobilidade social individual por meio da educação superior. A mensagem era: se você quer competir e vencer na economia global, vá para a universidade e o que você ganhar será resultado do que você aprender. Você consegue!

Claro, é ótimo ter acesso amplo à educação. Mas havia um insulto implícito nesse conselho. Se você não tiver um diploma, isso é culpa sua. Dois terços dos americanos não têm diploma, e algo similar ocorre na Europa.

Uma vez no cargo, contudo, Trump se mostrou um populista de mentira. Fez pouco para ajudar quem votou nele, mas, simbolicamente, posicionou-se contra as elites. O desafio para os partidos progressistas é separar essas queixas legítimas dos seus aspectos mais feios e responder a elas.

Essa crítica à meritocracia [tema do livro “A Tirania do Mérito”] não acaba implicando um certo paternalismo nas relações sociais? Você descreveria como paternalismo ou como um reconhecimento das obrigações mútuas entre cidadãos numa boa sociedade? Acredito na segunda definição. Porque se levarmos a primeira definição a sério, temos de acreditar que um gerente de fundo de hedge gera mil vezes mais valor social à economia do que um professor ou um médico. Então, há uma questão para o debate público. Isso seria paternalista?

O sr. vê um modelo? Espero que haja um leque de modelos para discutirmos. Algo que fique entre o livre mercado de Margaret Thatcher e Ronald Reagan de um lado, e China e Coreia do Norte do outro? Espero que não sejam os únicos modelos disponíveis. A maioria das sociedades democráticas tem um misto de capitalismo e Estado de bem-estar social.

É preciso não permitir que grandes corporações se tornem tão grandes que escapem de prestar contas à democracia. Um exemplo poderoso é a tradição anticartel e antimonopolista americana, que começou com bancos e a indústria de petróleo e ferrovias. Hoje são as empresas de tecnologia e de mídias sociais. O problema não é que elas aumentam preços, é que elas não prestam contas, espalham mentiras e contribuem para a polarização com seus algoritmos.

Vivemos sob a ditadura do algoritmo. É isso. A ditadura do algoritmo causa esse efeito de piorar a polarização.

O sr. sempre fala sobre a falta dessa ágora [espaço público de debate da Grécia Antiga]. Mas aponta para um momento, após a Segunda Guerra, em que isso teria sido perdido nos EUA. Isso não é meio idílico? Não concordo com uma imagem dourada do passado. Mesmo se considerarmos a história dos jornais, desde o começo havia publicações altamente partidárias e inflamadas, e as pessoas liam os jornais que correspondiam às suas opiniões.

Só que agora é mais pervasivo. Quando lançaram o Facebook, a promessa era dar acesso a todos para uma plataforma de discurso que nos uniria. Aconteceu o contrário.

Temos de redirecionar as novas tecnologias para criar essa ágora. Isso não pode ser deixado para o mercado, governos e empresas. A sociedade civil, elites, educadores, empresas de mídia tradicionais têm de se envolver. Não devemos ver a tecnologia como inimiga, mas usá-la. Você me acha muito idealista?

Sim. Com a volta da competição entre Estados e a Guerra da Ucrânia, a realidade política e econômica dominam o debate mundial. Voltemos à ágora. Temos o Estado forte e as big tech. Essas duas forças, se não desafiadas, não podem sustentar uma democracia saudável. Precisamos de um terceiro ingrediente, um contrapeso, que é uma sociedade civil robusta. Perdemos a arte do discurso público porque perdemos a habilidade de ouvir não só palavras, mas princípios, convicções, opiniões. Isso não pode ser legislado pelo Estado nem pelo algoritmo. O que me dá esperança é que, em todo lugar em que dou palestras, houve engajamento, em especial de jovens. Vejo uma vontade de um discurso público melhor, em todo o espectro político.

OPINIÃO: O Brasil tem uma ditadura tamanho GG e veste tamanho P. Uma revolução da esquerda que não aprendeu com a sua própria história, toda imposição do poder, é uma tragédia nacional, perseguição política, ataque a liberdade de expressão, é uma questão de tempo e espera. A vergonha do que estamos vivendo, será registrado, e quem sabe, deverá ser obrigatório este aprendizado nas escolas, faculdades e laboratórios no futuro! Ou como refletido um pensador e filósofo clássico: “O que mais irrita um tirano, é a impossibilidade de por a ferros os pensamentos dos homens.” Poul Volarey

Folha de S.Paulo 3 Agosto de 2023
Por: Igor Gielow Fronteiras do Pensamento – 17ª Temporada Quando: 29/5 a 2/10.

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