Black Friday e a carne fraca do consumidor
Metade dos brasileiros pretende fazer compras nesta sexta, diz pesquisa. Os consumidores, porém, devem ter cuidado para não se endividar. A Folha conversou com educadores financeiros e especialistas em direito do consumidor e traz as principais dicas para que aproveitar as ofertas, fazer boas compras e manter o orçamento em dia. Segundo Eduardo Trigueiro, educador financeiro do Sicoob, cooperativa de crédito, mesmo com o “dinheiro extra” do 13º salário, é preciso tomar alguns cuidados para não cair em uma grande cilada neste mês: o endividamento.
A verdade é que queremos ser enganados, se não pelos fornecedores, por nós mesmos. A psicologia parece simples: fazer com que gastemos com o que não precisamos, só para sentir o prazer da pechincha. Mas há uma equipe de psicólogos e gurus de marketing que trabalha nos bastidores da Black Friday durante o ano, planejando como atiçar o nosso prazer pela barganha, pois sabem que ele vem das profundezas da nossa psique. É químico. Portanto, se você se deparar com duas pessoas se socando numa loja de departamentos disputando pela última torradeira com desconto, lembre-se que há uma ciência por trás. O marketing inteligente serve para nos deixar burros. O impulso de compra supera o pensamento racional, não conseguimos ficar indiferentes a anúncios do tipo “ofertas
por tempo limitado”, “estoque limitado”, “restam só duas unidades”. A sensação de urgência e o princípio da escassez são implacáveis. Tão falaciosa quanto sedutora, a estratégia da exclusividade para clientes “VIPS” também funciona perfeitamente, especialmente quando estamos carentes. Quem não se derrete quando recebe ofertas escolhidas carinhosamente para um grupo seleto de pessoas importantes como você? Veja as sete principais dicas para comprar na Black Friday:
LEIA “Matéria em foco no fim da página” (Folha)

Ameaça bacteriana
Alta na resistência microbiana a remédios exige ações individuais, clínicas e do poder público. A respeito de crescente resistência a antibióticos. No seu discurso ao receber o prêmio Nobel em 1945 pela descoberta da penicilina cerca de 20 anos antes, Alexander Fleming imaginou um futuro no qual o remédio seria vendido livremente nas farmácias.
E fez um alerta —o uso indiscriminado poderia tornar as bactérias resistentes. Passados quase 80 anos, estudos confirmam a previsão do biólogo britânico. (Folha)

Lula veta integralmente a desoneração da folha
Presidente cede a apelo de Haddad por meta fiscal; empresários temem demitir. Prevista para prosseguir até 2027, a desoneração custa a cada ano R$ 9,4 bilhões aos cofres do governo. Congressistas afirmam que trabalharão para derrubar o veto e que a redução das alíquotas de contribuição para a Previdência sobre a folha salarial trouxe alívio às empresas e mais R$ 10 bilhões em arrecadação, dada a criação de empregos. (Folha)

Sob petista, estatais federais voltam a fechar no vermelho
Rombo projetado é de R$ 4,5 bilhões no ano; dinheiro sairá do caixa das empresas, afirma ministra da Gestão. Após o impeachment da petista Dilma Rousseff, em 2016, as estatais passaram por processo de enxugamento de despesas e restrições a indicações políticas.
O superávit voltou em 2018 e se manteve até o ano passado, exceção feita ao ano atípico de 2020, com impacto da pandemia. No ano passado, o saldo positivo foi de R$ 4,75 bilhões. Já se previa déficit em 2023. A cifra projetada, no entanto, supera os R$ 3 bilhões previstos na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias). Quando isso acontece, o Tesouro precisa compensar a diferença em seu resultado primário. (Folha)

Crise das contas públicas assusta
Déficits aumentam, governos querem mais impostos, o que pode bater em consumo e preços. Fernando Haddad faz “pronunciamento” nesta sexta-feira (24), às 9h. Vai anunciar meta de superávit em 2024? Emergência fiscal? Piadas lúgubres à parte, a coisa está feia… (Folha)

O ESTADO DE S.PAULO

  • ‘O mandato do banqueiro mudou, ficou mais curto’
  • Bradesco troca presidente e Marcelo Noronha assume no lugar de Lazari
  • Carga de tributos e encargos do setor elétrico foi de 48,1% em 2022, diz PwC
  • Petrobras aprova investimentos de US$ 102 bilhões entre 2024 e 2028
  • Lupi fala em rever regras de pensão por morte
  • Câmara prorroga incentivos a Sudam e Sudene
  • Governo negocia modelo ‘minimalista’ para o JCP
  • Governo aceita ceder na ‘MP da Subvenção’
  • Lula decide vetar todo o projeto que desonera folha de pagamento
  • Emissões de gases estufa caem 8%, mas taxa ainda é alta
  • Aridez avança 75 mil quilômetros quadrados a cada década
  • Estudo oficial encontra região árida no Brasil pela primeira vez
  • Disputa entre bancos será por uso de aplicativo
  • Investimentos já são impactados por sistema
  • Entrevista Otávio Damaso: Depois do Pix, BC vê nova revolução com Open Finance

O GLOBO

  • Após apagões em SP, Enel muda comando no Brasil
  • Bradesco tem novo presidente: Marcelo Noronha
  • Desperdício histórico de recursos: 41% dos projetos estão paralisados
  • Lupi diz que vai discutir ‘correções’ na Reforma da Previdência
  • Haddad propõe pagamento parcelado para destravar MP que pode render R$ 35 bi
  • Calendário para pagar emendas eleva risco fiscal
  • Cemig e Copasa: federalização ameaça gestão de empresas
  • Estratégia inclui fontes renováveis, petróleo e gás
  • U$$ 102 bi em projetos

FOLHA DE S.PAULO

  • Novo presidente é considerado de perfil discreto, mas arrojado
  • Marcelo Noronha assume o comando do Bradesco no lugar de Octavio de Lazari Jr.
  • Fiscal preocupa, e visão do mercado difere de promessa do governo, diz Campos Neto
  • Para destravar MP, Haddad propõe até 65% de desconto a empresas
  • Petrobras prevê investir US$ 102 bi até 2028
  • Estado projeta déficit de R$ 6 bilhões para o ano que vem
  • Cemig vai de joia ‘corporation’ de Zema a ativo na mira de petista para abater dívida de Minas
  • Sob governo Lula, estatais federais devem voltar a ter déficit
  • Supremo deve liberar governo para regularizar precatórios, mas Barroso segura julgamento
  • Setores veem perda de emprego; economistas elogiam decisão
  • Lula veta integralmente a desoneração da folha

GAZETA DO POVO

  • Zanin autoriza envio de dados do Coaf para polícia sem decisão judicial
  • Supremo não gostou nada da PEC que limita decisões individuais
  • Gleisi diz que voto de Jaques Wagner a favor da PEC do STF foi “um erro”
  • Incentivos da reforma tributária favorecem setores poluidores e desacreditam agenda verde de Lula
  • Dendê, macaúba, bambu e até amônia: empresas ampliam leque de fontes de energia
  • Qual será o rumo da guerra entre Israel e o Hamas após a trégua para libertar os 50 reféns
  • Sem autodefesa: STF forma maioria para manter Carla Zambelli ré por se defender armada
  • Governado pelo PT, há 17 anos, Bahia é o estado com pior índice de desemprego
  • ADPF 442: Senado debate ativismo judicial para liberar aborto até 12 semanas
  • Reforma quer simplificar impostos, mas é melhor ter sistema difícil e não pagar mais, diz deputado
  • Nas garras de uma democracia fake, Clezão morreu inocente
  • Deu a louca nos ministros do STF!
  • Pacheco diz que foi “agredido” por ministros do STF, mas Senado tem coragem cívica
  • Governo Lula e Bolsonaro: quem gastou mais com cartões corporativos
  • Veja na íntegra os discursos de Barroso e Gilmar Mendes sobre PEC pelo Senado

VALOR ECONÔMICO

Previsão de déficit fiscal deve aumentar
A expectativa mediana do mercado para o déficit do governo central do próximo ano aumentou em R$ 6 bi, para R$ 90,2 bi; novas projeções reforçam quão difícil será equilibrar as contas em 2024

Precatório e subvenções colocam o resultado fiscal de 2024 em xeque
Analistas revisam projeções de resultado primário para o próximo ano em meio a ajustes que refletem frustrações com arrecadação

PEC que limita decisões individuais no STF provoca crise entre Poderes
Após reação de ministros da Corte à votação no Senado, presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, fez forte pronunciamento para defender o Legislativo

Lula veta projeto que desonera a folha de salários
Indústrias têxtil, de calçados, de comunicação, transporte rodoviário e construção civil estão entre os 17 setores incluídos no texto; juntos, segmentos atingidos empregam 9 milhões de trabalhadores

Medida de maior poder arrecadatório ainda está no Congresso
Fato de o governo aumentar a projeção de déficit primário deste ano não dificulta nem inviabiliza, na visão da área econômica, a meta zero para 2024

Vitória da extrema direita na Holanda é a vitória da democracias da liberdade na Europa
Outros líderes de extrema direita na Europa comemoraram a vitória de Geert Wilders, que defende um referendo sobre a saída da Holanda da UE

O desafio dos jovens na transição etária do Brasil
O envelhecimento da população brasileira é irrefutável; teremos cada vez menos indivíduos economicamente ativos para uma parcela cada vez maior de inativos

Celular irregular deve chegar a 17% do mercado neste ano
Anatel e indústria tentam barrar venda ilegal de produto importado da China e que encontra vitrine no varejo on-line

Black Friday começa fraca em novembro e eleva pressão sobre o varejo
O evento de 2022 foi a pior da história do país, com a primeira queda em 12 anos, de 28%

Clima instável desorienta abelhas e afeta produção de mel no Sul
No RS, produção caiu 80% por causa do excesso de chuvas; calor também atrapalha

Dólar deve voltar a subir em 2024, diz Lombard Odier
Estrategista diz que expectativa de cortes de juros nos EUA pode consolidar trajetória recente da moeda, mas aponta riscos altíssimos no primeiro semestre do ano que vem

STF definirá disputa bilionária entre varejo e Estados
Julgamento sobre o diferencial de alíquotas (Difal) do ICMS será retomado na quarta-feira

MATÉRIA EM FOCO

Black Friday e a carne fraca do consumidor

Metade dos brasileiros pretende fazer compras nesta sexta, diz pesquisa. Metade dos brasileiros pretende fazer compras na Black Friday deste ano, segundo pesquisa do Datafolha realizada pela Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços). Em São Paulo, 4 em cada 10 vão adquirir algum item, diz a ACSP (Associação Comercial de São Paulo).

A tradicional data de promoções do varejo, que acontece nesta sexta-feira (24), deve movimentar R$ 15,5 bilhões em vendas, com ofertas atrativas aos clientes anunciadas desde o início de novembro.

Os consumidores, porém, devem ter cuidado para não se endividar. A Folha conversou com educadores financeiros e especialistas em direito do consumidor e traz as principais dicas para que aproveitar as ofertas, fazer boas compras e manter o orçamento em dia.

Na Black Friday, muitos clientes procuram antecipar as compras de Natal e, até mesmo, realizar algum sonho de consumo ou adquirir itens de que necessitam por valor menor. Com a perspectiva de receber o 13º salário, há quem saia gastando o que ainda não tem.

Segundo Eduardo Trigueiro, educador financeiro do Sicoob, cooperativa de crédito, mesmo com o “dinheiro extra” do 13º salário, é preciso tomar alguns cuidados para não cair em uma grande cilada neste mês: o endividamento.

Veja as sete principais dicas para comprar na Black Friday:

  1. É realmente uma oferta?

Segundo Cíntia Senna, sócia-executiva da Dsop, há lojas que ainda seguem a prática condenada no direito de consumidor de aumentar o valor do produto pouco tempo antes da Black Friday e, depois, baixá-lo, como se estivesse oferecendo um desconto atrativo.

Para ter essa ideia, é preciso conhecer o valor dos itens que pretende adquirir e não comprar nada por impulso, acreditando de cara no desconto oferecido. Desconfie sempre.

  1. Faça pesquisa de preços

O monitoramento de preços é algo que deveria ter começado há algumas semanas, diz Maria Inês Dolci, advogada especialista em defesa do consumidor e colunista da Folha. No entanto, quem não fez esse monitoramento deve realizar a pesquisa de preços em lojas físicas e online antes de fechar a compra.

Cíntia concorda. “Fazer uma pesquisa prévia vai ajudar bastante nesse movimento”, diz a educadora financeira.

  1. Cabe no meu orçamento?

O consumidor deve observar se a compra que deseja fazer pode estourar o orçamento, seja ela à vista ou a prazo. Para Cíntia, nas compras a prazo, é preciso calcular o valor da parcela mensal para não extrapolar a renda.

Maria Inês diz que adquirir qualquer item que não está precisando é o primeiro passo para afetar o orçamento no futuro. E comprar produtos apenas pela oferta atrativa não é correto. “De repente, pode esperar um pouco mais e comprar mais adiante”, diz.

  1. Para trocas, faz diferença se a compra é física ou online

O direito do consumidor deve ser levado em conta na hora da compra. Compras físicas e online têm políticas de troca diferentes. Na internet ou por telefone, é possível desistir do item em até sete dias após recebê-lo. Nas compras presenciais, não, mas as lojas físicas podem dar prazo maior.

Outro ponto é saber se o produto está saindo de linha, o que pode comprometer o reparo de defeitos por falta de peças, por exemplo.

Verificar a idoneidade do site e entender se o produto é pirata ou não é outra forma de proteção. Itens que não entraram legalmente no país ou não têm nenhum tipo de certificação não estão amparados pelo Código de Defesa do Consumidor.

  1. À vista é sempre melhor

Quem se organizou e conseguiu guardar dinheiro deve pagara c om praà vista. Isso garante que não haverá nenhuma dívida mensal e o orçamento futuro ficará livre.

Quem não conseguiu podes e planejar na hora e tentar pagar o máximo de itens com valor menor à vista. Parcelamentos devem ser evitados. Nas lojas presenciais e em algumas online, as compras à vista podem ter descontos ainda maiores.

  1. Cuidado com a dívida parcelada no cartão de crédito

Parcelar a compra em dez ou 12 vezes sem juros tem sido uma prática comum, com itens que vão desde eletrodomésticos maiores a remédios e compras de supermercado. Isso, no entanto, compromete o orçamento por meses a fio.

Cíntia diz que um bem adquirido em parcelas se torna uma dívida e deve ser considerado no orçamento mensal.

  1. Não achou o que procurava? Espere queimas de estoque e ofertas de início de ano

A Black Friday não é a única data de ofertas atrativas no comércio varejista. Há outros momentos de promoção do comércio, como queima de estoque de final de ano ou as promoções de janeiro.

Folha de S.Paulo 24 Novembro de 2023
Por: Cristiane Gercina

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