63% tiveram renda principal afetada por apostas online

Levantamento de entidade do varejo aponta ainda que 11% deixaram de pagar água, luz e gás para jogar em bets. De acordo com a mesma pesquisa, quem apostou deixou de direcionar o dinheiro para outro fim. O segmento que mais perdeu vendas para as apostas esportivas online foi o de acessórios, incluindo calçados, bijuterias, bolsas e joias, por exemplo: 24% dos entrevistados informaram que deixaram de comprar acessórios para apostar. Na sequência, aparecem artigos de vestuário (23%), itens de supermercado (19%), viagens (19%), alimentação fora de casa (15%), produtos de higiene e beleza (14%), cuidados com a saúde e medicações (11%) e contas de água, luz e gás (11%). “São resultados relevantes (para a economia)”, diz o presidente da SBVC, Eduardo Terra.

Escassez de mão de obra afeta 40% das profissões que mais geram vagas

Desemprego no menor nível em uma década e recuo na participação de brasileiros na força de trabalho esvaziam Mutirão do Emprego. Desemprego no menor nível em uma década e recuo brasileiro na força de trabalho esvaziam Mutirão do Emprego. Quem passou pelo centro da capital paulista na primeira quinzena do mês passado presenciou uma situação incomum nos últimos anos. A fila quilométrica de desempregados em busca de uma colocação, que normalmente serpenteava o Vale do Anhangabaú por conta do Mutirão Nacional do Emprego, neste ano não se formou. Os gradis, usados para enfileirar os candidatos na rua, foram deixados de lado nos cantos das calçadas.

Pela primeira vez, desde 2018, o Mutirão do Emprego, promovido pela União Geral dos Trabalhadores (UGT) e pelo Sindicato dos Comerciários de São Paulo, virou o “mutirão do pleno emprego”. Ou seja, teve mais vagas do que candidatos.

Nos cinco dias do evento, 3,58 mil trabalhadores passaram por lá, menos da metade dos 7,4 mil candidatos da primeira edição, em 2018. O número de postos de trabalho oferecidos neste ano bateu recorde: 25.046. “Foi o mutirão com mais vagas ofertadas de todas as nove edições e com menos candidatos”, afirma o presidente da UGT e do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, Ricardo Patah. Do total de posições abertas, 200 foram preenchidas no evento, menos de 1%. Esse resultado é um retrato da dificuldade enfrentada hoje pelas empresas para contratar trabalhadores qualificados. A taxa de desemprego de 6,8% registrada no trimestre encerrado em julho foi a menor da série histórica, iniciada em 2012, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com isso, a escassez de mão de obra atingiu níveis recordes. Já afeta 40% das profissões que respondem pela maior fatia dos empregos formais no País, revela um estudo feito pela Confederação Nacional de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a pedido do Estadão. Profissões onde há maior escassez de trabalhadores estão ligadas ao setor de serviços e à construção civil.

Para chegar a esse resultado, o economista da CNC, Fabio Bentes, cruzou dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) com o Relatório Anual de Informações Sociais (Rais) e selecionou um grupo de 231 profissões que respondem por 80% da ocupação do País.

Constatou que, em junho, 92 das profissões que mais empregavam apresentavam indícios de escassez. Ou seja, o salário para admitir trabalhadores tinha crescido acima da média nominal do mercado de trabalho (5,8%) entre junho de 2023 e junho de 2024 e o estoque trabalhadores também tinha aumentado no período. “Estamos no ponto mais alto de indício de escassez no mercado de trabalho”, afirma Bentes. Ele observa que um cenário parecido com o atual ocorreu em meados de 2021. Só que, naquela época, a escassez era por causa da reposição de trabalhadores na saída da pandemia, não em razão do crescimento da atividade. Tirando esse período após a pandemia, o economista considera que não há registro de escassez tão elevada no mercado de trabalho como a que houve ao final do primeiro semestre deste ano.

SETORES. Outro estudo feito pelo Departamento de Pesquisa Econômica do Banco Daycocal, com base nos dados da Pnad, aponta para a mesma direção. Revela que, até junho deste ano, de dez setores da economia analisados, seis estavam com alta demanda por mão de obra há mais de seis meses. Isto é, o salário e o número de ocupados no setor cresciam acima da média histórica. Nesse rol estão indústria, comércio, transporte, tecnologia e finanças, administração pública e outros serviços.

A situação é ainda mais crítica no setor de alimentação e alojamento, onde os salários têm subido acima da média histórica, porém o número de contratados tem avançado abaixo desse parâmetro. Na prática, os empresários querem contratar, mas não encontram trabalhadores para preencher as vagas. “Isso denota que está faltando trabalhador”, afirma o economista-chefe do Daycoval, Rafael Cardoso. O estudo do banco indica que o setor de alojamento e alimentação chegou ao limite. Um dos motivos, segundo Cardoso, é que esse segmento teve uma recuperação muito forte na saída da pandemia.

Sondagem do setor de serviços da Fundação Getulio Vargas (FGV) confirma o movimento constatado pelos estudos da CNC e do Daycoval. Em julho, 36,6% das empresas de alojamento, restaurante e alimentação apontaram a escassez de mão de obra qualificada como um fator limitante ao avanço das atividades. Já na média do setor de serviços da sondagem da FGV, esse problema foi indicado por 21,2% das companhias no período. Falta de mão de obra foi o terceiro obstáculo ao avanço das atividades no setor de serviços em geral. “Alojamento, restaurante e alimentação foi o segmento com o maior resultado entre os demais do setor de serviços nesse quesito de escassez de mão de obra e também o que registrou o maior aumento em relação a julho do ano passado”, afirma o coordenador de sondagens da FGV, Rodolpho Tobler.

A falta de trabalhadores qualificados é clara na construção civil e o principal problema para as companhias, segundo a sondagem da FGV. Em julho deste ano, mais de um quarto das empresas (26,7%) apontou a escassez de mão de obra como um problema. É o maior patamar desse quesito para os meses de julho desde 2014. “A reclamação de falta de trabalhadores é constante nos serviços e na construção”, ressalta Tobler.

No comércio, a FGV não pesquisa diretamente os obstáculos ao avanço da atividade entre as empresas dos setores. No entanto, os indícios de escassez. “Um trabalho só não está sendo suficiente. “Procuro uma segunda oportunidade para fazer uma renda extra” Leonardo Martins Porteiro, “Pedi demissão para procurar uma vaga melhor, ajudar em casa, mas com horário mais flexível” Emily de Melo Operadora de telemarketing de trabalhadores aparecem no elevado custo da mão de obra, apontado por 12,9% das varejistas como um problema em julho último. Esse obstáculo tem aparecido de forma recorrente nas sondagens do comércio feitas pela FGV nos últimos meses.

DIFICULDADE. A demanda por salários maiores já foi percebida, por exemplo, pela Pernambucanas. No último Mutirão do Emprego, a varejista oferecia salário fixo de R$ 2 mil para vendedor mais comissão. Segundo Michele Dantas Teodoro, analista de recursos humanos da varejista, os candidatos que compareceram ao evento pleiteavam de 10% a 15% a mais no salário fixo. “Isso dificulta também as contratações.”

A Pernambucanas ofertou 100 vagas para a cidade de São Paulo no mutirão da semana passada. Até quarta-feira, preencheu dez vagas e a expectativa até aquela data era ter
completado a metade dos postos de trabalho.

Também no Grupo GR, empresa de vigilância e limpeza, as contratações estavam em marcha lenta até meados da semana passada, comparado a eventos de anos anteriores. A companhia levou 300 vagas para o mutirão e tinha contratado apenas 15, após entrevistar 18 candidatos. “Esperava chegar na quarta-feira com 100 contratações”, disse Fabiana Amorim, analista de treinamento.

O que dificultou as admissões neste ano foi a falta de candidatos, observou a analista. “A situação se inverteu: no ano passado, os candidatos vinham até a gente e agora estou indo atrás deles”, explicou Fabiana, contando que deixou a sala onde esperava os entrevistados e foi até a fila da triagem do mutirão para “caçar” trabalhadores.

O aperto no mercado de trabalho mudou o perfil dos trabalhadores que hoje estão em busca de emprego. Entre os que estavam à procura de uma vaga na semana passada no Mutirão do Emprego, a reportagem encontrou pessoas com mais idade, aposentados, os que queriam um segundo emprego para complementar a renda e até quem pediu demissão recentemente, acreditando que conseguiria colocação melhor.

O ESTADO DE S.PAULO

  • Manchete: Bets faturam R$ 100 bilhões e ligam alerta no BC, em bancos e no varejo
  • ‘Qualquer projeto que aumenta tributo é difícil de ser aprovado’, diz Lira
  • Governo corta verba de Bolsa Família, Farmácia Popular e Auxílio Gás
  • Mesmo com recuo na taxa, País ainda tem 7,4 milhões de desempregados
  • Escassez de mão de obra afeta 40% das profissões que mais geram vagas
  • Presidente da Febraban quer vetar já uso de cartão
  • BC entra em alerta; bancos falam em ‘bomba-relógio’ nas contas familiares
  • Pesquisa mostra que 63% tiveram renda principal afetada por apostas online
  • Potências mergulham na primeira corrida nuclear do pós-Guerra Fria
  • Pancada no Câmbio. E agora?
  • Presidente da Febraban quer vetar já uso de cartão
  • Primeiras células surgiram em processo químico gerado pela chuva, diz estudo
  • Entrelaçados: uniu forças para discutir o combate ao Câncer de Colo do Útero
  • Aumento da cobertura vacinal e os avanços para uma imunização mais completa
  • A indústria vai se adaptar ás novas dietas?
  • Pra que dividendos?
  • Diretas ao Brasil
  • Gabriel Galípolo
  • Mercado de palestras rende cachê para ministros do STF, STJ e TST
  • Criar empresas de eventos tem se tornado prática no Judiciário
  • CNJ flexibilizou regras e equiparou conferências à atuação como docentes
  • Lei prevê remuneração com aulas e palestras, afirmam tribunais
  • Supremo censor federal
  • Recrutadores: “Você tem alguma pergunta? Como responder a isso
  • As perguntas que podem ser feitas
  • O que esperar da IA com um plano nacional?
  • A corda vai arrebentar

FOLHA DE S.PAULO

  • É ‘quase impossível’ aprovar alta da CSLL, diz Lira
  • Transição Energética Impulsiona Mineração no Pará e Ameaça Hegemonia de Minas Gerais
  • Do pão ao carro, energia cara pesa no preço de produtos e acentua desindustrialização
  • Guarulhos alerta sobre atraso de cargas, e setor vê gargalo crônico
  • Carne na cesta básica envolveu benefício ‘oculto’ e debate sobre ‘boi bípede’
  • Aprovação de alta em JCP e CSLL é improvável, diz Lira
  • Proposta do Orçamento 2025 prevê corte de recursos para o Bolsa Família

Jornal Imparcial
GAZETA DO POVO

  • Musk divulga “ordem ilegal” de Moraes, que mandou suspender perfil de senador
  • Opinião da Gazeta: Ao banir o X, é Moraes quem trata o Brasil como terra sem lei
  • Com desobediência, Musk quis evitar prisão de executiva e censura de perfis
  • Moraes expõe Brasil ao “ridículo internacional” na intimação a Musk, diz jurista
  • Dia 1 com o X bloqueado: Nikolas e Van Hattem desafiam Moraes; Bolsonaro fala
  • “New York Times” diz que suspensão do X coloca o Brasil ao lado de países autoritários
  • Brasil é país chave em debate sobre liberdade de expressão e desinformação, diz “Washington Post”
  • VPN – PT e TSE usam o X para comunicados, mesmo após bloqueio de Moraes
  • Taxa do arroto do boi serve à Dinamarca. E ao Brasil?
  • Empresa de evento que teve Hino com linguagem neutra pode captar 4,3 mi da Lei Rouanet
  • A delinquência moral da diplomacia brasileira em relação à Venezuela
  • Conselheiro de órgão dos EUA critica censura de Moraes ao X: “Autoritário”
  • Apagão atinge vários bairros de São Paulo e Guarulhos
  • Marilena Chauí e o Jabuti Acadêmico que não sobe em árvore
  • As enchentes no Rio Grande do Sul e a economia do Brasil
  • Carisma e afeto: Weber explica Pablo Marçal
  • Os incêndios na Bolívia se alastram para o Brasil e fingimos estar tudo bem
  • Senador republicano diz que Lula quer acabar com a liberdade de expressão
  • Musk promete publicar lista de “ações ilegais” de Alexandre de Moraes

INFORMATIVO COOPERATIVO DO PARANÁ

  • Boletim da Coordenação de Relações Institucionais do Sistema Ocepar
  • Fesp apresenta possibilidades de parcerias com Sistema Ocepar
  • Boletim destaca indicação de Gabriel Galípolo para presidência do Banco Central
  • Agrária celebra formatura de colaboradores em Curso Técnico em Eletromecânica
  • Frísia lança selo comemorativo dos 100 anos
  • Copagril recebe comitiva da Cooperativa Naranjito do Paraguai
  • Aprosoja PR discute mercado e agricultura de baixo carbono
  • Sicredi reinaugura agência em Cajati (SP)
  • “5º Show Rural de Inverno” recebeu 38.290 visitantes
  • Superintendente da Sicredi Dexis apresenta perspectivas econômicas para 2024 na Acil
  • Deral prevê crescimento na safra paranaense 2024/25 de soja, milho, feijão e batata
  • “Mãos de Costura” já capacita mulheres empreendedoras
  • Quais as tendências de preços e mercados para a Safra 24/25?
  • Projeto “Coopera com Elas” realiza live com tema “Empreendedorismo”
  • Dependência química e emocional do cigarro
  • Determinação, persistência e apoio para parar de fumar
  • Deral prevê crescimento na safra paranaense 2024/25 de soja, milho, feijão e batata
  • IBGE aponta Paraná com a 5ª maior população do Brasil em 2024
  • Taxa média de juro caiu para 51,2% em julho para pessoas físicas
  • Comissão aprova projeto que atualiza regras para definição do preço do leite pago ao produtor

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