Governo vê ‘conflito de interesses’ e pode rever papel de bancos no Proagro
Pelo desenho atual, as instituições financeiras atuam na concessão do crédito ao produtor e na análise do pagamento do seguro rural, o que é criticado pelo TCU. O Proagro é usado para socorrer pequenos e médios produtores em caso de eventos climáticos extremos, pragas ou doenças e, nessas hipóteses, o beneficiário fica isento de pagar os financiamentos contratados com bancos ou cooperativas, e o custo é assumido pela União. Nos últimos anos, porém, o orçamento do programa quase quintuplicou em meio a suspeitas de fraudes, alertas sobre condutas negligentes de produtores e ações vistas como pouco rigorosas por parte de instituições financeiras e peritos. Relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), de 2023, chamou a atenção para essa questão. “O valor da indenização será calculado com base nas perdas amparadas e comprovadas pelo perito, que deve fazer uma avaliação técnica e independente; mas, no atual desenho da política, estas características podem restar comprometidas”, diz o documento, que ainda está em fase de análise na Corte de Contas. (Estado)

‘Política fiscal do Brasil preocupa o estrangeiro’
Economista diz que há muito tempo investidor não tomava iniciativa de questionar contas do País Economista-chefe do Itaú Unibanco, Mesquita foi diretor de Política Econômica do Banco Central e atuou no FMI. (Estado)

Confiança é o cerne do problema
Moody’s se importa menos com as metas e mais com o compromisso fiscal do governo. O foco de atenção dos avaliadores está, na verdade, no compromisso real do governo com o arcabouço fiscal como instrumento de controle do endividamento, o que vai além da calibragem das metas na programação orçamentária.Um exemplo foi a aprovação recente, pela Câmara, de um dispositivo que permite ao governo liberar despesa extra de R$ 15,7 bilhões este ano. O projeto, que ainda terá de passar pelo Senado, é resultado de acordos de bastidores para ampliar de imediato os gastos de 2024, um ano de eleições municipais. Cada jogada para driblar as regras fiscais e cada declaração de Lula a favor da gastança minam mais a credibilidade no compromisso com o arcabouço. A discrepância entre as previsões oficiais e as de mercado é um sintoma dessa desconfiança. (Estado)

O mundo gira e os sindicatos rodam – A tecnologia e o trabalho
Nem o presidente Lula nem seu ministro do Trabalho, Luiz Marinho, estão se dando conta disso. As relações de trabalho passam por uma revolução em todo o mundo – e não só no Brasil. A robotização intensiva, a tecnologia da informação, a adoção das contratações terceirizadas, os aplicativos, o ecommerce, o teletrabalho e o home office, o enorme crescimento do setor de serviços e tanta coisa mais mudaram o chão da fábrica, o chão da loja, o chão da agência bancária e o chão do escritório. Os próprios sindicatos afundaram em vícios novos. Os próprios sindicatos contribuíram para o esvaziamento de enormes categorias com iniciativas atabalhoadas. Um exemplo: as últimas greves dos bancários ajudaram seus patrões, os banqueiros, a entender que poderiam prosperar em seus negócios com redução drástica de pessoal. Hoje, parcelas cada vez maiores de trabalhadores não fazem mais questão de garantir um emprego formal, com carteira de trabalho e tudo o mais. Seu maior objetivo é tornar-se patrão de si mesmo, comandar sua própria jornada e trabalhar simultaneamente para mais de um tomador dos seus serviços. Quer trabalhar por conta própria, quer ser empreendedor ou operar como Microempreendedor Individual (MEI). É uma mudança cultural e econômica de grande envergadura, que dispensa ou até rejeita sindicatos. Com a desidratação da indústria e a transformação dos serviços, os sindicatos convencionais se esvaziaram. Hoje procuram ganhar o apoio dos funcionários públicos, categoria institucionalmente subserviente a seu patrão, que são os três níveis de governo. Quando tentaram empurrar os entregadores de aplicativos para dentro da CLT e para os sindicatos tão caducos, o presidente Lula e o ministro Marinho foram surpreendidos com sucessivas e sonoras rejeições. (Estado)

O ESTADO DE S.PAULO

  • Manchete: Governo avalia novo aperto no programa de apoio ao agro
  • Governo prepara novo programa
  • ‘Estrangeiro está preocupado com a política fiscal do Brasil’
  • Petrobras cederá gás natural da Bolívia à Argentina
  • Mudanças no Proagro viram nova fonte de atrito entre governo e setor
  • J. R. Guzzo: Fraude e castigo
  • Retorno de quinquênios provocou reação que chegou ao Legislativo
  • Penduricalho extinto em 2006 pagou salários de R$ 1 mi a juízes em RO
  • Celso Ming: O mundo gira e os sindicatos rodam
  • O perigoso cerco ao liberalismo

FOLHA DE S.PAULO

  • Manchete: Disputa por mercado de energia tem queixa de abuso de poder
  • Grupos afirmam preservar dados dos clientes
  • Moradores de Sinimbu (RS) passam o dia retirando lama
  • Com 55 mortes pela chuva em RS, Leite pede ‘Plano Marshall’
  • Alívio com o Fed não autoriza leniência aqui

O GLOBO

  • Manchete: Governo Lula tem recorde de ações no Supremo para reverter atos e leis (e derrubar vetos do Congresso)
  • Governador do Rio Grande do Sul pede um ‘Plano Marshall’
  • Conceito de ‘trabalhador’ ficou no passado
  • Greve oportunista corrói prestígio das universidades federais

Jornal Imparcial
GAZETA DO POVO

  • Enchentes no Rio Grande do Sul: um exemplo da laicidade colaborativa brasileira
  • Sem esclarecer motivo, Rússia inclui Zelensky na lista de criminosos procurados
  • Viagens ultrassecretas e propagandas antecipada estão liberadas
  • O recomeço da história
  • Mortes no Rio Grande do Sul chegam a 56 neste sábado (4)
  • Governo Lula não tem ideia do que fazer na economia
  • No governo Lula, Estado gasta sempre mais – e pobres ficam cada vez mais pobres
  • STF vai julgar em sessão presencial suspensão de ações do marco temporal
  • A evangelização de presidiários foi proibida
  • Aeroporto de Porto Alegre suspende voos por tempo indeterminado
  • O país mais perigoso do mundo para políticos: no México, mais de 30 candidatos já foram assassinados (pelo narcotráfico)
  • Governo da Argentina rebate comentário de ministro espanhol de que Milei usaria drogas
  • Caminho para o Brasil vender mais à Índia pode passar por Bollywood
  • Paralisação do Ibama pode atrapalhar planos do governo Lula para a COP 30
  • Justiça suspende sessão que aprovou privatização da Sabesp na cidade de São Paulo
  • “Uma afronta à liberdade das igrejas”, diz líder da bancada evangélica na Câmara
  • Ratinho Junior anuncia reforma no primeiro escalão do governo do Paraná – Eleições
  • Sobe para 39 o número de mortes em meio aos temporais no Rio Grande do Sul
  • Caixa libera saque do FGTS para pessoas afetadas pelas chuvas no RS
  • A Lei Rouanet e a conta do 1º de Maio

O mundo gira e os sindicatos rodam

O Estado de S. Paulo 05 Maio de 2024
MARCOS MÜLLER/ESTADÃO

O sindicato à moda antiga não passa de um zumbi. Há muito não representa os trabalhadores e, agora, nem mobilizá-los consegue, como se viu a partir do retumbante fracasso das manifestações de 1° de Maio. Nem o presidente Lula nem seu ministro do Trabalho, Luiz Marinho, estão se dando conta disso.

A estrutura sindical nasceu com grave vício de origem. Foi criada por Getúlio Vargas para dar suporte a seu regime corporativista inspirado em Mussolini, e não para defender o interesse dos trabalhadores. Assim, foi ficando, governo após governo.

Graças às polpudas verbas do imposto sindical e ao comportamento cartorial dos seus dirigentes, os sindicatos prosperaram, garantiram boa vida a muitos e até forjaram líderes políticos, entre os quais se sobressaiu o atual presidente da República.

As relações de trabalho passam por uma revolução em todo o mundo – e não só no Brasil. A robotização intensiva, a tecnologia da informação, a adoção das contratações terceirizadas, os aplicativos, o ecommerce, o teletrabalho e o home office, o enorme crescimento do setor de serviços e tanta coisa mais mudaram o chão da fábrica, o chão da loja, o chão da agência bancária e o chão do escritório.

Os próprios sindicatos afundaram em vícios novos. Graças à manipulação de verbas públicas, os dirigentes sindicais têm eliminado as respectivas oposições e vêm se perpetuando no poder. Por toda parte cresceram os sindicatos fajutos. Esta foi uma das razões pelas quais certas centrais sindicais, entre as quais a CUT, defenderam o fim do imposto sindical – embora recentemente tivessem revertido essa posição.

Os próprios sindicatos contribuíram para o esvaziamento de enormes categorias com iniciativas atabalhoadas. Um exemplo: as últimas greves dos bancários ajudaram seus patrões, os banqueiros, a entender que poderiam prosperar em seus negócios com redução drástica de pessoal.

Hoje, parcelas cada vez maiores de trabalhadores não fazem mais questão de garantir um emprego formal, com carteira de trabalho e tudo o mais. Seu maior objetivo é tornar-se patrão de si mesmo, comandar sua própria jornada e trabalhar simultaneamente para mais de um tomador dos seus serviços. Quer trabalhar por conta própria, quer ser empreendedor ou operar como Microempreendedor Individual (MEI). É uma mudança cultural e econômica de grande envergadura, que dispensa ou até rejeita sindicatos.

Com a desidratação da indústria e a transformação dos serviços, os sindicatos convencionais se esvaziaram. Hoje procuram ganhar o apoio dos funcionários públicos, categoria institucionalmente subserviente a seu patrão, que são os três níveis de governo.

Quando tentaram empurrar os entregadores de aplicativos para dentro da CLT e para os sindicatos tão caducos, o presidente Lula e o ministro Marinho foram surpreendidos com sucessivas e sonoras rejeições.

Enfim, o mundo gira e os sindicatos rodam.

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