Dispensas são feitas em três cidades paulistas

A General Motors (GM) anunciou neste sábado (21) a demissão de funcionários de suas fábricas em três cidades paulistas: São Caetano no Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes. O número de funcionários demitidos não foi informado pela empresa.

Segundo a montadora, o motivo para as demissões foi “a queda nas vendas e nas exportações” que teriam levado a empresa a “adequar seu quadro de empregados”.

Em comunicado, a GM disse que a medida foi tomada após várias tentativas de lay-off (suspensão temporária do contrato de trabalho), férias coletivas, days off (dias de folga) e proposta de desligamento voluntário.

“Entendemos o impacto que essa decisão pode provocar na vida das pessoas, mas a adequação é necessária e permitirá que a companhia mantenha a agilidade de suas operações, garantindo a sustentabilidade para o futuro”, disse a GM.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos informou que os funcionários ficaram sabendo da demissão por um telegrama enviado pela empresa. “Trabalhadores da General Motors de São José dos Campos foram surpreendidos, neste sábado (21), com comunicados de demissão. Sem prévia negociação com o sindicato e de maneira covarde, a montadora enviou telegramas a diversos metalúrgicos, incluindo operários em lay-off. Assim como os companheiros, o sindicato foi pego de surpresa. A GM não informou o número de demitidos”, disse nota do sindicato.

O sindicato de São José dos Campos informou que vai exigir o cancelamento das demissões e a reintegração dos trabalhadores e que convocou uma assembleia para este domingo (22), às 10h, a fim de discutir a questão.

O sindicato ressaltou que, ao contrário do que a empresa informa, ela “não passa por uma crise econômica”. No primeiro trimestre de 2023, por exemplo, a companhia divulgou que teve lucro líquido global de US$ 2,4 bilhões. No Brasil, a empresa teve crescimento de 42% em suas vendas nos três primeiros meses deste ano, disse o sindicato, que pretende também cobrar medidas do governo federal para solucionar o problema. Medidas seriam mais amplas do que se imagina.

Ponderação no mercado

No período em que o governo do PT investiu pesado no primeiro trimestre de 2023, para financiar veículos, houve de fato o aumento nas vendas, o que não está ocorrendo mais, ao mesmo tempo, devemos comparar no mesmo período de 2022 o aumento da produção e vendas, em que não havia financiamento dado pelo governo de Jair Messias Bolsonaro, e mesmo assim, havia uma perspectiva da economia, muito melhor do que atual. Também é preciso colocar o pé na questão global e o lucro da empresa, pois cada país tem um comportamento econômico diferente do outro. É preciso haver por parte dos administradores, ponderação de investimento e de retração financeira diante de diversos fatores da crise econômica no Brasil, e mediar já no curto prazo, prevendo no longo prazo, o alcance que se acelera a crise econômica no país.

Publicado em 21/10/2023 – 15:27 Por Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil – São Paulo

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