Jovens cooperativistas encaram desafios do setor no metaverso
Quase 400 membros dessas organizações participaram da iniciativa no ambiente virtual da Integrada, de Londrina (PR) (Valor Econômico)

À beira do asfalto da BR-163, em Mato Grosso, há colheita
Casal de aposentados pega na rodovia grãos de milho que caem das frestas dos caminhões para alimentar a criação de galinhas e suínos (Valor Econômico)

Penalização da maternidade
A penalização da maternidade é fenômeno global, sendo a principal causa da desigualdade salarial geral entre os gêneros. Corrigi-la deveria ser alta prioridade, já que tanto homens quanto mulheres desfrutam dos benefícios de ter filhos. (Folha) Saiba mais sobre esta matéria no final das manchetes

Óleo sobe 13% no mês; Petrobras diz que não repassa volatilidade
O barril de petróleo de referência internacional fechou julho a US$ 85,43 (R$ 403,78), alta de 13% sobre junho, diante de cortes de grandes exportadores. A Petrobras afirmou ontem que ainda vê grande incerteza no comportamento dos preços e que não vai repassar volatilidades ao mercado interno, usando o caixa para sanar as diferenças do mercado internacional e assim, esgotando o caixa da Estatal. Especialistas vêm alertando, porém, para o fato de que preços muito baixos geram distorções no mercado, com eventuais prejuízos para a estatal e produtores de etanol, como ocorreu no governo Dilma Rousseff. (Folha)

Vanguarda do atraso
Sobre decisões econômica tomadas pelo governo. (Folha)

População ocupada, renda e escolaridade no agro aumentam
No primeiro trimestre de 2023, pelo menos 28,1 milhões de pessoas trabalhavam no agronegócio. É um recorde para esse período do ano desde 2012, quando o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) iniciou esse acompanhamento.O contingente da população ocupada no setor cresce, mas a participação no total do país diminui. Em 2012, o agronegócio representava 29,2% da força de trabalho do Brasil. Recuou para 28,6% em 2017 e está em 27% neste ano.A pesquisa de ocupação do Cepea passou a ter a parceria da CNA neste ano e incorporou uma nova avaliação, a dos trabalhadores cuja produção é destinada exclusivamente para o consumo próprio e dos moradores de seu domicílio.São trabalhadores voltados para o auto consumo, assim denominados pela pesquisa. Eles estão, em sua maioria, dentro da porteira e somam 5,3 milhões no país. A pesquisa inclui nesse número tarefas de cultivo, pesca, caça, criação de animais e produção florestal.Estão incluídos, ainda, trabalhos de artesanato e algumas atividades dentro de outros segmentos, como o do agro serviço. (Folha)

Tempo fechado
Gol e Latam se armam para brigar no Senado contra Reforma Tributária que, afirmam, beneficiará a Azul. No texto aprovado na Câmara, só a aviação regional terá alíquota diferenciada. Estas e outras empresas se armam no envolvimento para ganhar benefício na Reforma e questionar umas as outras. Neste cenário, fica impossível prever esta reforma, já neste governo, e sair do Congresso para Sanção Presidencial, neste cenário de guerra, acabará arquivado. Assim como acontece com os milhares de pedidos de impeachment dos ministros do STF que são arquivados. Este é o Brasil do atraso e sem ordem, a nossa bandeira é uma piada. (Folha)

O ESTADO DE S.PAULO

  • Para 70% do mercado, Copom deve cortar Selic em 0,25 ponto
  • Governo de São Paulo aprova modelo de privatização da Sabesp
  • ‘Zerar imposto de importado é um suicídio econômico’
  • Governo aposta em novo sistema para cortar custo com importação
  • Novas regras para compras de importados começam a vigorar hoje
  • FMI elogia Brasil, mas cobra meta fiscal rígida
  • Servidor federal vai deixar de ‘bater ponto’
  • ‘BC sabe que o juro é a chave para inflação baixa’
  • Croácia cede portos para exportação de grãos ucranianos
  • PNE prevê o sistema em 50% das escolas
  • MEC dará R$ 2 bilhões este ano para as aulas em tempo integral
  • Safra cheia escancara vulnerabilidade da infraestrutura logística
  • A angustiante espera por hemodiálise
  • Servidor federal vai deixar de ‘bater ponto’

O GLOBO

  • Isenção para compras até US$ 50 começa a valer hoje
  • Argentina usa recursos da China para pagar FMI
  • Ações da Petrobras fecham em alta após mudanças em dividendos
  • Governo de SP define modelo de privatização da Sabesp
  • Gol sai na frente e vai mais que dobrar oferta de assentos no Galeão
  • Haddad devolverá onça para Arábia Saudita
  • Ministros elevam pressão por corte maior de juros
  • ‘É algo complexo mas vital’
  • Repartições federais terão metas de trabalho em vez de ponto
  • Copom deve manter diretriz técnica ao decidir sobre juros
  • Duas novas vacinas trazem bons resultados contra malária
  • Superintendente do Incra cita ocupação no currículo
  • Fim da trégua: MST retoma invasões, joga pressão sobre Planalto e CPI deve convocar ministro hoje

FOLHA DE S.PAULO

  • Autonomia e expectativa por corte desafiam comunicação do BC
  • Bolsa sobe à espera do Copom e avança 3,26% em julho
  • Mercado espera redução de 0,25 ponto no juro amanhã
  • Autonomia e expectativa por corte desafiam comunicação do BC
  • Governo simplifica importação por via aérea
  • BNDES exigirá compromissos de integridade para dar crédito
  • Caixa vai repassar R$ 12 bi ao Tesouro após achar erro em depósitos judiciais
  • Venda da Copel entra em semana decisiva
  • Governo de SP define modelo de privatização da Sabesp
  • Governo federal libera servidor de bater ponto e adota ‘controle por produtividade’
  • ‘Concurseiro precisa saber que não terá mais aposentadoria integral’
  • Ações sobem após anúncio de nova política de dividendos
  • Petróleo sobe 13% em julho; Petrobras diz que não repassa volatilidade
  • Haddad ganha onça dourada de ministro da Arábia Saudita, mas vai devolver peça
  • Relator da Tributária defende teto de alíquota na Constituição
  • Isenção de imposto vai matar economia, diz líder industrial
  • Shein e AliExpress vão aderir a programa de compras de até US$ 50
  • Em 1 ano, Trump desce ao inferno e reacende como favorito para 2024
  • Nova invasão vira munição para oposição na retomada de CPI
  • MST invade Embrapa e acusa Lula de descumprir acordos
  • Paulo Solmucci: O imenso risco da portabilidade do vale-refeição

Jornal Independente
GAZETA DO POVO

  • Oposição se arma para volta da CPMI
  • Os acertos do presidente do BC
  • Denúncia contra STF a órgãos internacionais são praticamente ignoradas (até quando?)
  • Tempo para liberar cargas aéreas intencionais será reduzido de cinco para um dia
  • Após acordo com governo, MST desocupa área invadida em Pernambuco (até quando?)
  • Lista do PIX de Bolsonaro, não tem empreiteira nem frigorífico, só brasileiros comuns
  • Retomada da CPMI: oposição cobrará do governo informações e provas represadas pelo STF (até quando?)
  • EUA dialogam com talibãs sobre economia, direitos humanos, terrorismo e drogas (piada)
  • Governo começa a gastar milhões para regular preços: não fará cócegas no mercado (segura a corda)
  • Esquerda na berlinda: escândalos abalam o governo Petro, que completa um ano em agosto
  • Presidente da CPI (tudo acaba em pizza) do MST quer prorrogar trabalhos da comissão
  • DNIT faz série de reformas no Contorno Sul de Curitiba; veja datas e locais

VALOR Econômico

Dividendo da Petrobras pode ser ainda menor
Petroleira já anunciou uma nova política de dividendos, com percentuais de pagamento menores aos investidores da estatal

‘A China pode esperar’
Para ex-chefe do Morgan Stanley na Ásia, China tem tempo para superar os problemas de sua bolha imobiliária graças aos investimentos pesados que já fez

Investidores ganham com a expectativa de queda dos juros
Quatro mês consecutivo de desempenho positivo para os ativos brasileiros de maior risco também se deve ao avanço da reforma tributária no Congresso, na sequência do arcabouço fiscal

Brasil na rota de novas drogas contra Alzheimer
Novas substâncias são apontadas como uma virada de jogo da ciência contra a doença, com potencial para retardar os sintomas nos estágios iniciais

Remessa Conforme entra em vigor, mas só no papel
Adesão ao programa não é obrigatória e o governo conta com a participação voluntária para colocar o modelo de pé

Justiça melhor e mais rápida
Pesquisa aponta que tempo médio de tramitação das ações em varas empresariais especializadas é de 217,8 dias, enquanto nas varas generalistas leva-se, em média, 415 dias, quase o dobro

Uma reforma tributária complexa, porém necessária
É importante todo o esmero de nossos legisladores na montagem da legislação infraconstitucional da transição dos regimes e o governo deve trabalhar intensamente para evitar uma lista muito extensa de setores beneficiados com IVA reduzido

FMI aponta riscos de implementação do arcabouço
Questão é foco da regra nas receitas, diz Fundo, que sugere esforço fiscal mais ambicioso

Programa Litígio Zero é prorrogado até dezembro
Terceira prorrogação atende a pedido de associação das companhias abertas

Novo sistema reduz prazo para liberar cargas aéreas
Fazenda espera que modal que passa a funcionar nos aeroportos do país reduza gastos de importadores em R$ 10 bi/ano

Ministério Público vai investigar mortes em ação da PM no Guarujá
Vidas perdidas em operação policial no fim de semana supera o total de vítimas fatais por forças de segurança em todo o primeiro trimestre do ano na região

MST volta a invadir instalação da Embrapa
Sem-terra alegam descumprimento de acordo; ação provoca críticas em Brasília

Fraqueza econômica da China alimenta temor de deflação
Dados de atividade industrial e de serviços apontam que a recuperação pós-covid continua a perder força neste semestre

Zona do euro volta a crescer no 2º trimestre
A inflação na zona do euro, por sua vez, continuou seu ritmo gradual de desaceleração, para 5,3% em julho, de 5,5% em junho

Ampliação do mercado livre de energia abre frente de debate
A pauta envolve temas como os subsídios cruzados do setor e os erros de governos passados que jogaram a conta no bolso do consumidor

Bioinsumos, a nova fronteira da sustentabilidade no campo
Processo traz benefícios ao meio ambiente por evitar produtos químicos

Sem reajustar preços, Petrobras pode pagar menos dividendos
Valores represados no curto e médio prazos na gasolina e no diesel podem reduzir geração de caixa e distribuição de lucros

Copasa prevê enxugar 8% de custos e número de pessoal com o PDVI
Apesar do aumento dos gastos com os desligamentos, companhia registrou lucro líquido de R$ 249 milhões no 2º trimestre, alta de 38,2% comparado com um ano atrás

Privatização da Sabesp prevê acionista de referência
A desestatização, com um follow-on de ações do Estado, prevê um plano de investimentos de R$ 66 bilhões até 2029, que é R$ 10 bilhões a mais sobre o plano atual da empresa

Inteligência artificial traz automação para a venda de imóveis
Pesquisa aponta que um quinto de executivos do setor imobiliário já usaram ferramenta ligada à tecnologia; Tenda informa que ferramenta elevou suas vendas

Fim do acordo do Mar Negro fez trigo subir 3,2% em julho
Perspectiva de oferta abundante no Hemisfério Norte limitou alta do cereal em Chicago; menor produção valorizou suco em NY

Americanos veem milho brasileiro sob ‘limite’
Para Associação de Produtores de Milho dos EUA, crescimento de embarques do Brasil não deve se sustentar nos próximos anos

À beira do asfalto da BR-163, em Mato Grosso, há colheita
Casal de aposentados pega na rodovia grãos de milho que caem das frestas dos caminhões para alimentar a criação de galinhas e suínos

Ativos de risco registram 4º mês de valorização
Antecipação ao ciclo de cortes da Selic e melhora institucional, com reformas no radar, estimularam migração para classes voláteis

Juros futuros caem e bolsa avança à espera do Copom
Salto de ações da Petrobras após anúncio de nova política de dividendos também ajudou Ibovespa a voltar aos 121 mil pontos

MATÉRIA TOP

Penalização da maternidade

Soluções políticas para o problema, como licença parental remunerada, precisam ser combinadas com mudanças na cultura de criação de filhos.

A penalização da maternidade é fenômeno global, sendo a principal causa da desigualdade salarial geral entre os gêneros. Corrigi-la deveria ser alta prioridade, já que tanto homens quanto mulheres desfrutam dos benefícios de ter filhos.

Todos nós sabíamos que a maternidade tinha custos. No entanto, os custos da maternidade nos salários das mulheres são muito mais altos do que se pensava, e mesmo em situações nas quais poderíamos esperar que não existissem.

Estudo recente que acabamos de publicar no Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) documenta que os rendimentos das mulheres caem pela metade após o parto. A chamada penalização da maternidade se aplica em empresas lideradas por mulheres e mesmo quando a mulher é o “ganha-pão” da família (quando ela ganha mais que ele). A questão que intriga economistas, como nós, é: por quê?

Por um lado, as mulheres têm feito ganhos históricos, especialmente nos Estados Unidos, de onde vêm os resultados da nossa pesquisa. Enquanto apenas 1 em cada 3 mulheres ingressou na força de trabalho após a Segunda Guerra Mundial, hoje quase 2 em cada 3 o fazem, um aumento considerável. As mulheres também já superam os homens em escolaridade, desfrutando assim de uma importante vantagem em capital humano.

Apesar de tanto progresso, velhos hábitos patriarcais morrem lentamente. Isso fica mais evidente nas carreiras das mulheres após o nascimento dos filhos. A maternidade afeta os rendimentos das mulheres por pelo menos seis anos após o parto. E como a paternidade afeta os rendimentos dos homens? Não muito. Os rendimentos dos homens caem um pouco logo após o nascimento de um filho, mas se recuperam rapidamente e voltam à trajetória de rendimentos anterior ao nascimento.

Poderia ser que melhores condições no ambiente de trabalho ou mudanças na composição da alta gerência pudessem mudar esse quadro. Mais mulheres em níveis superiores de gestão resultam em políticas de trabalho mais favoráveis para as novas mães. Infelizmente, de acordo com nossos dados, isso não ocorre. Mesmo em empresas que esperávamos que fossem mais amigáveis às mães —aquelas com funcionárias em sua maioria ou com uma chefe mulher— a penalização da maternidade permanece, infelizmente, inalterada.

Alternativamente, poderia haver racionalidade econômica quando o parceiro que ganha menos se dedica mais à criação dos filhos e menos ao mercado de trabalho. Como as mulheres geralmente ganham menos do que os homens, a penalização da maternidade no mercado de trabalho poderia vir daí. No entanto, nossa análise também refuta essa ideia. Em famílias nas quais a mulher ganha mais do que o homem encontramos, surpreendentemente, uma penalização ainda maior. Os principais provedores da família que são mulheres experimentam uma queda de 60% nos rendimentos após o parto. Enquanto isso, os homens que ganhavam menos do que suas parceiras veem seus rendimentos continuarem a aumentar.

A penalização da maternidade é um fenômeno global, sendo a principal causa da desigualdade salarial geral entre os gêneros, como mostram diversas outras pesquisas. Corrigi-la deveria ser questão de alta prioridade, já que tanto homens quanto mulheres desfrutam dos benefícios de ter filhos, enquanto os rendimentos das mulheres estar diferencialmente sacrificados.

A penalização da maternidade deixa as mulheres em uma posição econômica mais fraca e, portanto, mais dependentes de seus parceiros. Essa dependência é particularmente relevante nos EUA —tendo em vista uma rede de proteção social que é limitada em comparação com outros países desenvolvidos—, mas também em países como o Brasil, onde a baixa disponibilidade de creches agrava a situação de dependência e cria condições para a violência doméstica se manifestar.

Resta, senão, inferir que a penalização da maternidade é uma questão cultural. Para casais suecos em que a mulher ganha mais, a penalização da maternidade é praticamente eliminada. As normas de cuidados com os filhos são claramente diferentes nos países escandinavos, onde espera-se que os homens assumam o papel de pais. Dê uma volta em um parque de Estocolmo e você encontrará tantos pais quanto mães, algo que não se vê em Nova York, muito menos no Brasil. Aqui, as mulheres que não buscam seus filhos na escola são questionadas, enquanto os homens que passam tempo com seus filhos são vistos como heróis.

Reverter a penalização da maternidade no mercado de trabalho envolve enfrentar séculos de normas patriarcais arraigadas no ambiente de trabalho e em casa. Acreditamos que as soluções políticas, especialmente a licença parental remunerada, como encontrada em outros países ricos, precisam ser combinadas com mudanças fundamentais na cultura de criação de filhos.

As novas mães já arcam com as maiores responsabilidades na criação dos filhos. Justo elas não deveriam ser também penalizadas em seus rendimentos.

Folha de S.Paulo 1 Agosto de 2023
Por: Cecilia Machado

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